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"Deltan tira ação da cartola para atenuar impacto de sua fundação", diz Márcio Chaer

Para Márcio Chaer, diretor da revista Consultor Jurídico, o processo de Deltan Dallagnol contra Gilmar Mendes "é uma tentativa de jogar penumbras contra situação inevitável: a tentativa de criar a Fundação Dellagnol, às custas de cerca de R$ 2,5 bilhões da Petrobras"

Procurador Deltan Dallagnol (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
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Márcio Chaer, no Conjur - Foi com bastante naturalidade que a auto apelidada “força tarefa” da autoproclamada “operação lava jato”, na sua pretensa luta do bem contra o mal, chamou suas vítimas de corruptos, ladrões e termos assemelhados. Bem verdade que alguns eram mesmo. Mas os que não eram, bem poderiam ajustar contas com os acusadores.

Foi o que fez, na semana passada, o procurador da República Deltan Dallagnol contra a União, para atingir o ministro Gilmar Mendes, do STF, que não economizou ao chamar o pessoal de Curitiba de organização criminosa, cretinos, desqualificados, patifes e covardes.

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Gilmar reagiu depois de confirmar as suspeitas sobre a origem das centenas de falsas acusações, ilações e suposições publicadas a seu respeito. Vinham de Curitiba, como se viu nos diálogos obtidos pelo The Intercept Brasil.

Essa não foi a única vez em que Deltan crispou-se. Quando o ex-presidente Lula ingressou com ação de reparação por danos morais contra o ele, reagiu: era uma tentativa de intimidação.

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O então juiz Sérgio Moro mostrou os dentes: perguntou ao ex-presidente se a iniciativa fora dele ou coisa de seus advogados.

É claro que para Dellagnol o seu famoso powerpoint não ofendeu ninguém.

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Logo, acusar e ser acusado é algo comum nesse campo. Por que então, depois de ser chamado pelo nome tantas vezes, Dellagnol resolveu processar a União.

Não é difícil concluir. É tentativa de jogar penumbras contra situação inevitável: a tentativa de criar a Fundação Dellagnol, às custas de cerca de R$ 2,5 bilhões da Petrobras.

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A cortina de fumaça é bem vinda para quem foi denunciado pela própria Procuradoria-Geral da República de fraudar acordo ilícito.

O Conselho Nacional do Ministério Público, dessa vez, não terá como se esquivar. Para reforçar a cobrança, deputados petistas ingressaram, mês passado, com nova representação — recheada de documentos e provas.

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A aposta de Deltan — que provavelmente sabe como seus conterrâneos de Curitiba reagirão à sua ação — é que, no STF, sua ação caia nas mãos de algum ministro com quem Gilmar se tenha desentendido.

Não deixa de ser pitoresco que o procurador tenha convocado para representá-lo o mesmo advogado que representou Habib Chater, o doleiro dono do Posto da Torre que operava para Alberto Youssef.

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Foi esse posto que emprestou o apelido para o processo em torno de fornecedores de serviços para a Petrobras e que fez de Curitiba sede do Juízo Universal para todos os assuntos e pessoas. Sem ofensas, claro.

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