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Deputado repassou R$ 238,5 mil de corta parlamentar para acusados de disparos de mensagens em massa

Deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) destinou R$ 238,5 mil da cota parlamentar para empresas acusadas de disparar mensagens indevidas de texto e por Whatsapp durante as eleições. Otoni teve seu sigilo quebrado por decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes

Otoni de Paula (Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados)

247 - O deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) destinou R$ 238,5 mil em recursos oriundos de sua cota parlamentar para empresas acusadas de disparar mensagens indevidas de texto e por Whatsapp durante o período eleitoral. Otoni foi um dos 11 parlamentares bolsonaristas que tiveram o seu sigilo quebrado por decisão do ministro do Supremo tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito que apura o financiamento de atos e manifestações com pautas antidemocráticas. 

Segundo reportagem do jornal O Globo, a Procuradoria-Geral Eleitoral do Rio de Janeiro fez uma representação, em 2014, contra a empresa Aplicanet Informática por causa do envio de conteúdo para diversos celulares com termos depreciativos contra opositores de Anthony Garotinho, então candidato ao governo do Estado. Na época, o Ministério Público Eleitoral acusou a empresa de propaganda irregular por métodos que se assemelhavam ações de “telemarketing.

Ainda segundo a reportagem, o parlamentar também teria destinado R$ 167 mil à Aplicanet entre março e dezembro do ano passado. Neste ano, Otoni repassou R$ 71,5 mil à Agência Vírgula. O deputado nega que o serviço prestado pela Aplicanet e Vírgula tenham envolvido disparos de mensagens em massa. Segundo ele, os serviços envolviam a “criação de edição de vídeos e imagens para as redes sociais do deputado”.