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Brasil

Deputados não puderam fazer perguntas a Moro sobre pacote anticrime

A apresentação do "pacote anticrime" pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, foi uma espécie de monólogo, uma vez que os deputados não puderam fazer perguntas sobre o projeto, alvo de duras críticas no meio jurídico; questionado sobre o assunto, Moro disse que o diálogo está aberto em outras instâncias

Deputados não puderam fazer perguntas a Moro sobre pacote anticrime (Foto: J.Batista/Câmara dos Deputados)
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Brasil de FatoO ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, apresentou o pacote intitulado "anticrime" nesta quarta-feira (6) à Câmara dos Deputados. Os parlamentares não puderam fazer questionamentos ao projeto – que foi criticado por especialistas pelo potencial de elevação nos índices de encarceramento e letalidade policial.

Depois do encontro, deputados federais de oposição ao governo Bolsonaro (PSL) utilizaram as redes sociais para criticar a falta de diálogo entre o ministro e os parlamentares.

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"A posição de Moro é de grave constrangimento. O presidente e seu filho atolados na corrupção, três ministros com graves denúncias. Em sua primeira ida à Câmara, nega-se a responder perguntas, tenta fugir da realidade. Não dá. Sua máscara caiu", criticou o deputado federal Jorge Solla (PT-BA), pelo Twitter.

Marcelo Freixo (PSOL-RJ) utilizou a mesma rede para postar um vídeo em que entrega ao ex-juiz Sergio Moro o relatório da CPI das Milícias, produzido há dez anos, no Rio de Janeiro. "Fomos impedidos de fazer pergunta durante a audiência com o ministro Moro sobre o pacote anticrime. (...) Estamos abertos para dialogar e fazer um debate sério sobre Segurança Pública", finalizou.

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Mais cedo, ao Brasil de Fato, o parlamentar disse que "Moro trata as milícias de forma superficial ao equipará-las às facções de narcotraficantes".

Questionado por jornalistas sobre o "monólogo", Moro disse que o diálogo está aberto em outras instâncias: "Há sugestões pertinentes e esperamos sugestões relevantes da população, da sociedade civil, da imprensa".

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Em 2017, as polícias brasileiras foram responsáveis por 5.144 mortes, uma média de 14 por dia, segundo os dados mais recentes do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O número corresponde a um aumento de 20% com relação a 2016. No mesmo período, foram 367 policiais mortos, 5% a menos do que no ano anterior

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