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Desconvidada por Moro, Ilona cita pressão do MBL e de Bolsonaro

"Ficou muito claro que o presidente Bolsonaro ainda não se elevou à altura do cargo que ocupa", afirmou Ilona Szabó, que foi convidada por Moro para integrar, como suplente, o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, mas foi desconvidada um dia depois à sua nomeação, após pressão de bolsonaristas e grupos da direita como o MBL; "São grupos que precisam de inimigos, e por isso não estão comprometidos com o debate democrático", enfatizou

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247 - "O ministro Sérgio Moro me ligou de volta. Dado o clima, eu sabia que o risco existia. O ministro me pediu desculpas. Disse que ele lamentava, mas estava sendo pressionado, porque o presidente Bolsonaro não sustentava a escolha na base dele", contou Ilona Szabó, ao relatar como ficou sabendo da sua exoneração.

Ilona foi convidada por Moro para integrar, como suplente, o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Mas por conta de suas críticas a política de armas do governo, ela foi desconvidada um dia depois a sua nomeação, após pressão de bolsonaristas e grupos da direita como o MBL. 

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"Hoje começaram os comentários nas redes sociais. Foi a polêmica do dia. Colocaram a história na rede, e o Movimento Brasil Livre ajudou a reverberar. São grupos que precisam de inimigos, e por isso não estão comprometidos com o debate democrático", afirmou Ilona em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Na entrevista, a cientista disse que, assim como ela, vários integrantes do Igarapé - instituto que ela fundou - participam de conselhos na área de segurança em vários estados e municípios. "Em geral, ministros e secretários têm toda a liberdade para escolher conselheiros. Tais conselheiros costumam vir de todos os setores, com visões diferentes, diversas maneiras de ver o mundo. Dá trabalho, mas é assim que a gente constrói boas políticas públicas", disse ela, apontando a ingerência anormal do governo Bolsonaro.

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Questionada se a sua exoneração poderia ser comparada com o caso de Mozart Araújo, outro nome técnico, que acabou sendo desconvidado do Ministério da Educação por pressão da base de Bolsonaro, Ilona disse que sim.

"Vejo total paralelo. Nos dois casos, ganha a polarização e perde o Brasil", disse. "Ficou muito claro nos dois episódios que o presidente Bolsonaro ainda não se elevou à altura do cargo que ocupa. Um presidente tem que construir diálogos e consensos. Quando ele diz que quem pensa diferente é inimigo, mostra que não está à altura do País. Acho que os brasileiros estão cansados disso. Uma prova é todas as mensagens de apoio que recebi quando decidi ir para o governo, muitas delas de gente que votou contra o Bolsonaro. Os brasileiros querem gente que pense no País, não gente que fica procurando inimigos", completou.

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