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Dia D fechou estradas e afetou maiores capitais

Enormes congestionamentos se formaram em pelo menos 18 grandes estradas brasileiras; porto de Santos ficou isolado; 13 navios parados; prejuízo para a economia; Força e UGT se destacaram no ataque às rodovias; Esplanada dos Ministérios vai sendo tomada; Rio Grande do Sul é o estado mais afetado; Porto Alegre sem ônibus; Metrô parado em Belo Horizonte

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247 - Neste 11 de julho, Dia Nacional de Luta, manifestantes e sindicalistas saíram às ruas e bloquearam diversas estradas em todo o País. As reivindicações são principalmente voltadas para a pauta trabalhista, como a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e o fim do fator previdenciário. Mas outras categorias aderiram às lutas com demandas próprias. Em São Paulo, por exemplo, motoboys e funcionários da GM de São José dos Campos realizam seus protestos. A Avenida Paulista está bloqueada nesta tarda nos dois sentidos. Em Manaus, são os professores. Em Belo Horizonte, os metroviários. O foco está nas estradas e nas principais avenidas das capitais. Já são 25 pontos bloqueados em estradas federais. Leia reportagens da Agência Brasil a respeito:

Manifestantes fecham Avenida Paulista nos dois sentidos

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Cerca de 4 mil pessoas, segundo cálculo da Polícia Militar, bloqueiam nesta tarde os dois sentidos da Avenida Paulista, na altura do Museu de Arte de São Paulo (Masp), local em que centrais sindicais realizam ato unificado do Dia Nacional de Luta. O protesto reúne as mais diferentes categorias, como bancários, metalúrgicos, professores, químicos, guardas municipais e motoboys.

A pauta única das centrais sindicais levada hoje (11) às ruas inclui a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários; o combate à terceirização; o fim do fator previdenciário; a destinação de 10% do PIB para a educação; a aplicação de 10% do Orçamento da União na área de saúde; o transporte público de qualidade; a valorização das aposentadorias; a aceleração da reforma agrária e a suspensão dos leilões de petróleo.

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Segundo o diretor do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Douglas Mastins Izzo, os docentes, além de "abraçar" a pauta única das centrais, esperam que o governo estadual cumpra a Lei 11.378, que estabelece o cumprimento de 33% da jornada do professor fora da sala de aula. "Essa lei foi aprovada pelo Congresso Nacional e o governo estadual insiste em não aplicá-la. A lei garante que o professor ganhe salário quando trabalha extraclasse preparando aula, corrigindo prova, ou investindo em sua formação", disse Izzo.

Presente à manifestação, o secretário de Relações Institucionais do Sindiguarda-SP, Oldimar Sergio Alves dos Santos, ressaltou que os guardas civis municipais defendem a aprovação do Projeto de Lei 1.332, que regulamenta a atuação da corporação em todo o país. "Isso vai acabar com o conflito entre a Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal, quando as funções da segunda são passadas para a primeira . Com a aprovação da lei, o prefeito do município terá de segui-la, ratificando nossas funções", afirmou.

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O presidente da Central Única dos Trabalhadores em São Paulo (CUT-SP), Adi dos Santos, disse que a categoria luta especificamente para que o Projeto de Lei 4.330, que terceiriza o serviço em vários setores da metalurgia não seja aprovado. "Se for aprovado, esse projeto de lei acabará com vários benefícios conquistados pelos trabalhadores. Pode gerar o fim da carteira profissional, porque as empresas poderão transformar os celetistas em pessoas jurídicas, o que precarizará a vida dos trabalhadores."

A vice-presidenta da Força Sindical, Eunice Cabral, destacou que o cenário político é favorável para atender à pauta do movimento. "São questões que já estavam colocadas há um tempo e nunca foram atendidas, mas agora, com essa onda de mobilizações, a população expressou seu descontentamento com vários temas e os trabalhadores também precisam ser ouvidos."

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Eunice Cabral estima que 3 milhões de trabalhadores ligados à Força Sindical paralisaram as atividades hoje, em todo o país.

Estradas federais têm 25 pontos bloqueados

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Vinte e cinco pontos de estradas federais permanecem interditados até o momento, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O estado onde há mais bloqueios é o Rio Grande do Sul, com 11 interrupções. O ponto mais crítico é na BR-116, próximo a Caxias do Sul, nos quilômetros (km) 144, 146, 151. Também na BR-116, no km 465, perto de Lourenço do Sul, a PRF identificou um bloqueio.

Na Região Nordeste, há interdições na Paraíba, próximo a Cajazeiras, na BR-230, km 504; em Sergipe, no município de Japaratuba, na BR-101, km 47; no Piauí, em Altos, na BR-343, nos km 313 e 324 – próximo a Teresina. No Ceará, o trânsito também está suspenso próximo a Sobral, na BR-222, km 221.

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Em Pernambuco, onde foram bloqueadas as vias de acesso ao Porto de Suape no início da manhã, foram liberados os bloqueios em São Caetano, município próximo a Caruaru, e em Belém do São Francisco, a 486 km do Recife. Permanecem interditados os km 94 da BR-428, próximo à Santa Maria da Boa Vista; o km 44, da BR-116, próximo a Salgueiro; e o km 95, da BR-104, próximo a Agrestina.

No Sudeste, a PRF informou que estão bloqueadas as BR-116, km 125, próximo a Caçapava (SP), e o começo da BR-262, no município de Cariacica (ES). No Rio de Janeiro, manifestantes bloquearam, no início da manhã, uma ponte entre os municípios de Rio das Ostras e Macaé, no norte fluminense.

Em São Paulo, a Via Anchieta está totalmente bloqueada por manifestantes em São Bernardo do Campo, Grande São Paulo, na altura do km 20, sentido capital, e do km 15, sentido litoral.

As rodovias federais na Região Centro-Oeste estão, em boa parte, liberadas. Há registro de bloqueio pela PRF na BR-163, próximo a Sorriso, a cerca de 400 km de Cuiabá. Entre Goiás e o Distrito Federal, houve manifestação próximo ao Trevo de Flores de Goiás, encerrada por volta das 9h30. O trânsito volta ao normal com lentidão. No DF, no momento, a PRF não registra quaisquer bloqueios em rodovias federais, mas manifestantes se aglomeram na Esplanada dos Ministérios.

Via Dutra e Ayrton Senna são alvo de protestos

Os protestos pelo Dia Nacional de Luta, convocados pelas centrais sindicais, prejudicaram, na manhã de hoje (11), a circulação de veículos nas rodovias Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, e Ayrton Senna, que interliga São Paulo a Guararema. Às 11h45, os manifestantes liberaram a pista da Ayrton Senna, no quilômetro (km) 45, sentido Mogi das Cruzes, e passaram a ocupar o espaço sob um viaduto.

Segundo a concessionária Ecopistas, no horário não havia lentidão naquele ponto. Mas, a empresa recomendou aos motoristas optar pela Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro, a 1,5 quilômetro de distância do acesso à Via Dutra, no km 130 da Carvalho Pinto, sentido interior. A concessionária informou ainda que nas rodovias Carvalho Pinto e Hélio Smidt, no acesso ao Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, o movimento é tranquilo.

Já a Via Presidente Dutra foi liberada pouco depois do meio-dia. A interdição ocorreu na pista marginal sentido Rio de Janeiro, nas proximidades de São José dos Campos. Porém, foi feito um desvio no km 222. De acordo com a concessionária Nova Dutra, no final da manhã, havia lentidão por cerca de três quilômetros nas proximidades.

Um balanço divulgado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos informou que mais de 15 mil metalúrgicos de 20 fábricas participaram do ato pelo Dia Nacional de Luta e entre eles estavam os empregados da General Motors, que além de fazer greve de 24 horas, pararam a Via Dutra, no km 142 por pouco mais de duas horas.

Uma outra interdição ocorreu na via de acesso à Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), em Caçapava. Na unidade, segundo o sindicato, os trabalhadores atrasaram a produção por três horas. Ações semelhantes ocorreram em outras fábricas da região.

"É hora de o governo atender a nossas reivindicações e tomar medidas em favor da classe trabalhadora", disse em nota o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá.

A pauta unificada das centrais sindicais incluem entre outros pontos a redução da jornada de trabalho; o fim do fator previdenciário e aumento das aposentadorias.

BR-101 é a rodovia mais afetada na Bahia

Na Bahia, as interdições de rodovias se concentram na BR-101 e estão sendo feitas pelos integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), de acordo com a assessoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no estado. No fim da manhã, ainda havia três pontos de interdição: no quilômetro (km) 694, altura de Eunápolis; km 831, em Itamaraju; e km 940, em Teixeira de Freitas.

Segundo a PRF, os manifestantes bloquearam a rodovia BR-242, que liga Salvador a Brasília, no km 827, na altura de Barreiras. Na BR-116, a interdição ocorreu no km 427, em Feira de Santana. Na BR-324, que liga Salvador a Feira de Santana (BA), houve dois pontos de bloqueio: no km 605, em Simões Filho, e no km 518, em Feira de Santana. Essas vias foram liberadas, de acordo com a PRF.

MST e sindicatos bloqueiam rodovias do RS

Manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e de sindicatos fazem diversos pontos de bloqueio em rodovias da região metropolitana de Porto Alegre e no interior do estado do Rio Grande do Sul na manhã desta quinta-feira (11), segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em balanço divulgado no final da manhã.

A BR-116 é a mais afetada até este momento. Em São Lourenço do Sul, no quilômetro (km) 465 da BR-116, um grupo com mais de 100 pessoas iniciaram bloqueio total da pista às 10h com cerca de 60 máquinas agrícolas. Em Sapucaia do Sul, no km 252, manifestantes iniciaram de madrugada bloqueio da via queimando pneus e deixando as pistas central e lateral no sentido do interior para capital totalmente fechadas até as 9h.

No km 262, na altura de Canoas, a pista foi totalmente bloqueada nos dois sentidos desde as 6h30 e foi liberada às 9h30. Em Caxias do Sul, nos quilômetros 144, 146 e 151, as vias ainda não foram liberadas pelos manifestantes.

Em Pinheiro Machado, no km 108 da BR-293, cerca de 40 pessoas bloqueiam a rodovia. Cinquenta manifestantes interditam a pista no km 2 da BR-392, na altura de Rio Grande. Em Capão do Leão, no km 15 da BR- 293, 100 manifestantes fizeram o bloqueio total da rodovia.

Em Erechim, nos quilômetros 44 e 49 da BR-153, às 10h, manifestantes iniciaram o bloqueio total da rodovia com aproximadamente 300 manifestantes nos dois pontos de bloqueio. Em São Borja, no km 676 da BR-285, junto à Ponte Internacional da Integração, o bloqueio total por cerca de 50 manifestantes foi iniciado às 7h30.

Em Porto Alegre, no km 98 da BR- 290, no vão móvel da ponte sobre o Rio Guaíba, cerca de 70 manifestantes interditaram a pista até as 10h, segundo a PRF. Em Eldorado do Sul, no km 111 da BR-290, integrantes do MST liberaram as cancelas do pedágio da Concepa – concessionária de rodovias no Rio Grande do Sul - para todos os veículos.

Manifestações em Minas deixam trânsito congestionado

Manifestantes e sindicatos saíram às ruas hoje (11) em várias cidades de Minas Gerais. De acordo com a Central Sindical e Popular (Conlutas) vários setores, como o de metalurgia, de construção civil e o rodoviário estão parcialmente paralisados em cidades do interior do estado. Centenas de pessoas ocuparam a Praça Sete, no centro de Belo Horizonte, pela manhã, e percorrem ruas do entorno, deixando o trânsito congestionado na região.

A capital mineira amanheceu sem metrô, que atende diariamente a mais de 200 mil pessoas, segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que 50% das viagens de metrô devem ser mantidas nos horários de pico, mas nenhum trem está funcionando. A CBTU informou que os ônibus da cidade estão funcionando normalmente, mas algumas linhas não funcionaram no início da manhã. Algumas escolas não abriram, mas bancos e comércio funcionam normalmente na capital mineira.

A aluna de química Joice Chagas dos Santos, 18 anos, soube no dia anterior que não haveria aula na escola técnica que frequenta. "A diretora avisou na aula de ontem que não teria aula para não correr o risco de os alunos ficarem na rua sem ônibus e não prejudicar ninguém", contou a aluna que também trabalha como atendente e foi trabalhar normalmente. "Está tudo muito tranquilo, mas como os ônibus estão trabalhando em horário reduzido, parece dia de domingo", disse.

Em Itaúna, houve manifestações em alguns pontos e caminhoneiros fizeram protestos nas principais rodovias, mas comércio e banco funcionam normalmente. Em Itabira, centro-leste, 100 km de Belo Horizonte, uma manifestação reuniu sindicatos locais, associações e movimentos civis no centro da cidade, de acordo com o sindicato Metabase, do setor extrativo em 30 cidades da região. O vice-presidente do sindicato, Carlos Roberto de Assis Ferreira, disse que o protesto é pacífico e tem como principais bandeiras a garantia dos direitos trabalhistas.

"O movimento reivindica, principalmente, o fim do fator previdenciário, a redução para a jornada de 40 horas, vinculação do reajuste do aposentado ao salário mínimo, mas também pedimos melhoria na saúde, na mobilidade urbana e na educação", disse ele.

Alguns trabalhadores da mineração bloquearam parcialmente a via de acesso ao complexo de mineração da companhia Vale em Antônio Pereira e Mariana na parte da manhã por duas horas. A empresa informou que não houve impacto significativo na produção. Em São João Del Rey, há paralisação dos metalúrgicos e diversas categorias, de servidores municipais e funcionários da universidade federal.

Em Brasília, manifestantes protestam na Esplanada e MST ocupa o Incra

Trabalhadores do Distrito Federal (DF) participaram hoje (11) de manifestação na Esplanada dos Ministérios, em apoio ao Dia Nacional de Luta. Além dos protestos na Esplanada dos Ministérios, pela manhã cerca de 500 representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do DF (MST-DF) e do entorno ocuparam a sede nacional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

A manifestação na Esplanada foi organizada pela Força Sindical em parceria com a União Geral dos Trabalhadores (UGT-DF). Segundo o presidente da Força Sindical do Distrito Federal, Carlos Alves, o objetivo "é mobilizar trabalhadores nacionalmente, neste dia de lutas para que a pauta seja atendida e, também, pressionar o governo para a criação de projetos que beneficiem os trabalhadores".

Segundo ele, as reivindicações envolvem a redução da carga horária de 44 horas para 40 horas semanais sem redução de salário, o fim do fator previdenciário, o arquivamento do Projeto de Lei 4.330, o reajuste para o aposentado, o voto aberto no Congresso, além de investimentos em saúde, educação e transportes.

Para o presidente da UGT-DF, Isaú Joaquim Chacon, as duas centrais sindicais reuniram cerca de 2 mil pessoas para reivindicar 15 ítens já discutidos na 7ª Marcha à Brasília, que aconteceu em março. "Estamos dando continuidade àquilo que nós fizemos na marcha, há muito tempo batemos na mesma tecla, queremos melhores transportes, mais segurança, saúde e educação", disse.

A Polícia Militar do Distrito Federal informou que três pistas do Eixo Monumental foram ocupadas durante a marcha e que 600 pessoas participaram do protesto.

Na sede nacional do Incra, trabalhadores do MST ocuparam a recepção em forma de protesto. Segundo o coordenador do MST – DF e entorno, Lucimar Nascimento, a manifestação é contra a paralisação da reforma agrária. "Hoje o Incra está ocupado e parado, assim como a reforma agrária. Estamos protestando contra os acordos com o governo federal que não foram cumpridos".

Centrais sindicais

Ligada ao PT, a Central Única dos Trabalhadores concentrou seus atividades em São Bernardo do Campo. Houve bloqueio da Via Anchieta, que liga São Paulo ao litoral, e cinco passeatas convergiram para um ato público no Paço Municipal. Ali, os oradores procuraram ao máximo evitar críticas ao governo federal.

A Força Sindical e a União Geral dos Trabalhadores foram proibidas pela Justiça de bloquear estradas federais no Estado de São Paulo. A iniciativa foi da Advocacia Geral da União. Caso a determinação judicial seja descumprida, as centrais serão multadas em R$ 100 mil por hora de bloqueio realizado.

Na capital paulista, a partir das 11 horas também começou uma concentração em baixo do vão livre do Masp, na Avenida Paulista. Àquela altura, o trânsito fluía normalmente.

Manifestantes bloqueiam três rodovias paulistas

A Rodovia Anchieta, administrada pela concessionária Ecovias, está totalmente bloqueada por manifestantes em São Bernardo do Campo, Grande São Paulo, na altura do quilômetro (km) 20, sentido capital, e quilômetro 15, sentido litoral.

Outra rodovia que também está com interdição total é a Cônego Domênico Rangoni, na Baixada Santista. De acordo com a Ecovias, os km 270, sentido Cubatão e km 268, sentido Guarujá, estão fechados por manifestantes. No local, o ato começou por volta das 6h20.

A Rodovia Miguel Melhado de Campos, que liga Campinas ao Aeroporto Internacional de Viracopos, também está totalmente interditada desde as 7h30, de acordo com a Polícia Rodoviária do Estado de São Paulo. Foi montado um desvio pela SP-73 para evitar que motoristas fiquem presos na manifestação.

Já a Rodovia Raposo Tavares, que estava interditada nos dois sentidos, na altura do km 19, desde as 8h30, foi liberada pelos manifestantes por volta das 9h30. Os manifestantes, cerca de 100 pessoas segundo a Polícia Rodoviária, liberaram as pistas e agora seguem em caminhada pelo acostamento, no sentido capital.

Abaixo, notícia do site da CUT sobre a movimentação da central:

CUT - Metalúrgicos da fábrica da Volksvagen, em São Bernardo, ocuparam na manhã desta quinta-feira (11/07) a pista da via Anchieta, sentido Capital, na altura do km 23. A manifestação faz parte do Dia Nacional de Luta e se dirige para o Paço Municipal, no centro da cidade.

Em São Bernardo estão em andamento ao menos cinco passeatas e vão convergir em direção ao Paço de São Bernardo. Uma com operários da Ford ocupa a marginal direita da Anchieta a partir do quilômetro 12. Neste momento eles se encontraram com trabalhadores na Mercedes-Benz e seguem até o trevo do quilômetro 18.

A passeata que reúne trabalhadores em fábricas do corredor de Piraporinha, com metalúrgicos na Proema, Arteb, Sachs, Proxyon, Sogefi e Toyota chegou na Av. Barão de Mauá e se concentra em frente ao hotel Pampas. Eles aguardam os demais para seguir ao Centro de São Bernardo. Lá a manifestação está prevista para às 10h.

Davi Carvalho, coordenador por Diadema do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que comanda a caminhada na av. Piraporinha, disse que manifestações assim são comuns na categoria, entre outros motivos porque os metalúrgicos estão em campanha salarial. "Junto a isso, decidimos mostrar à sociedade as pautas que queremos negociar com o governo federal. Por isso estamos na rua".

Em mais uma caminhada, metalúrgicos na Scania, Karmman-Ghia e Weaton (fábrica de embalagens de vidros).

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC aproveita para convocar os manifestantes para depois acompanhar o ato que ocorre na avenida Paulista, a partir do meio dia.

Presente na Scania, o presidente da CUT, Vagner Freitas, abriu o dia Nacional de Lutas dizendo que "o principal objetivo hoje é destravar a pauta dos trabalhadores entregue no dia 6 de março para o governo federal".

Em São Caetano, operários na GM não entraram na fábrica e ocupam os dois sentidos da Av. Goiás. A paralisação começou por volta das 5h.

Um grupo de militantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) bloqueou o cruzamento das avenidas Capitão Mario Toledo de Camargo e Dom Pedro 1º, em Santo André. Os manifestantes estão concentrados na pista sentido Centro.

Organizada pelas maiores centrais sindicais, as manifestações apoiam o plebiscito da reforma política, e pedem o fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho, o arquivamento do projeto de lei que amplia as terceirizações no trabalho, fim do fator previdenciário, democratização dos meios de comunicação, reforma agrária fim dos leilões de petróleo da Bacia Pré-Sal entre outras.

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