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Dia de caos em SP precede Dia Nacional de Lutas

Maior cidade do País entra em colapso de trânsito e trabalho com a paralisação de 400 linhas de ônibus, que atingiu 750 mil pessoas; promessa é de bloqueios em todos os 31 terminais da cidade amanhã; briga entre dois sindicalistas prejudica diretamente cerca de 1 milhão de cidadãos, que não conseguem acessar seus postos de trabalho; congestionamentos se multiplicam; prejuízos generalizados; e o dia de greves e manifestações ainda é amanhã...; num País que busca o progresso, não está faltando impor a ordem sobre a baderna?

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247 – Dois sindicalistas brigam pelo poder – e cerca de um milhão de pessoas sofrem diretamente as consequências, dentro da maior cidade do País. Nesse tipo de democracia, não está faltando um componente regulador? Em defesa dos interesses da imensa maioria, instrumentos legítimos para a preservação da cidadania, como a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana, não deveriam agir preventivamente para garantir o direito de ir e vir das pessoas – e circunscrever a rixa sindical aos seus devidos limites? Numa expressão: não está, afinal, faltando ordem na busca brasileira pelo progresso?

A resposta afirmativa é a que sobressai do caos instalado em São Paulo, a partir das primeiras horas da manhã desta quarta-feira 10, quando, sem serem incomodados, integrantes da chapa 2 do sindicato dos condutores de veículos da cidade simplesmente cometeram um atentado de grande proporções a cidade. Uma sabotagem.

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Comandados pelo candidato a presidente Valdevan Noventa, ligado à central UGT, grupos de "bate-paus", como são chamados os sindicalistas preparados para brigas, fecharam nada menos que 16 dos 31 terminais de ônibus da cidade. O resultado está sendo visto na forma de milhões de horas de trabalho não cumpridas, com mais de 750 mil pessoas sem meios de se locomoverem, e novos abalos na atividade comercial.

BLOQUEIO TOTAL - E amanhã tem mais. "É preciso que os trabalhadores discutam os seus interesses e é isso que vamos fazer", diz Edivaldo Santiago, candidato a vice-presidente na chapa de oposição no sindicato. A promessa é de bloqueios nas saídas de ônibus em todos os 31 grandes terminais de São Paulo.

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Duas semanas atrás, as marchas estudantis que tomaram a capital já haviam sido apontadas como responsáveis por uma queda de 2,5% nas vendas das lojas. Agora, certamente os prejuízos irão aumentar. Em seguida ao dia de hoje de caos está marcado o Dia Nacional de Lutas com Greves e Manifestações. A previsão é de suspensão completa de centenas de atividades na capital paulista – e em milhares de cidades pelo País -, num movimento capaz de abalar fortemente o ritmo da economia.

Com a participação de todas as centrais sindicais, o Dia Nacional de Lutas carrega consigo um grande potencial de conflitos. A mesma repressão que deveria ter sido usada hoje de forma legítima poderá servir a finalidades explosivas amanhã. Com os ânimos acirrados desde a véspera, não se pode fazer outro prognóstico que não o de atividades de alto risco político, social e econômico na quinta-feira 11. Sedes do poder como o Congresso Nacional e as sedes dos executivos estaduais e municipais já sofreram ataques em marchas anteriores.

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O caldeirão de tensões, agora, pode explodir de vez se as autoridades não entenderem que, assim como devem garantir o direito de greve e manifestações, têm de enfrentar com coragem a baderna e vandalismo. Sob pena de, como São Paulo experimenta hoje, permitir que o Brasil entre em colapso.

Abaixo, notícia sobre a disputa sindical que paralisou a maior cidade do país:

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São Paulo - Às vésperas da renovação da diretoria do Sindicato dos Motoristas de São Paulo, 16 dos 31 terminais de ônibus urbanos e cerca de 400 linhas foram paralisados na manhã de hoje (10) pela mobilização sindical de um grupo dissidente da atual diretoria.

Os rodoviários responsáveis pela atitude são ligados a Valdevan Noventa, que lidera a Chapa 2 na disputa eleitoral prevista para ocorrer a partir da meia-noite de hoje (10). Segundo a Polícia Militar, não há registro de incidentes.

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Por meio de nota, o presidente do Sindicato dos Motoristas, Isao Hosogi, conhecido como Jorginho, criticou o movimento afirmando que se trata de uma "atitude desesperada da minoria dissidente da diretoria da entidade. As eleições estão marcadas para ocorrer amanhã (11) e sexta-feira (12) em 32 garagens.

Segundo a São Paulo Transporte (SPTrans), empresa que administra o setor na capital paulista, 750 mil pessoas estão sendo prejudicadas com a paralisação.

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Abaixo, noticiário da Agência Brasil:

Bloqueio de terminais de ônibus na capital paulista prejudicou 750 mil passageiros

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo- Mais da metade dos terminais de ônibus da capital foram bloqueados, hoje (10), por sindicalistas em protesto contra o processo eleitoral do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, afetando o embarque e desembarque de cerca de 750 mil passageiros, segundo os cálculos da São Paulo Transporte (SPTrans).

O ato começou por volta das 8h e interrompeu as entradas e saídas dos ônibus em 16 dos 29 terminais administrados pela SPTrans. No final da manhã, pelo menos dois deles, o de Santana, na zona norte, e o João Dias, em Santo Amaro, na zona sul, voltaram ao normal, momentos antes de uma assembleia que decidiu pelo fim do protesto. Segundo a SPTrans, por causa dos bloqueios, o entorno desses locais ficou confuso devido à quantidade de ônibus que não conseguia acessar os terminais.

Essa manifestação foi a segunda em menos de uma semana. No dia 2, o mesmo grupo de sindicalistas paralisou os terminais. O movimento foi organizado pelo líder da Chapa 2 na disputa das eleições do sindicato da categoria,Valdevan Noventa. O atual presidente do sindicato, Isao Hosogi, que tenta se reeleger na disputa, marcada para amanhã (11) e sexta-feira (12), criticou a ação e lamentou os prejuízos à população.

 

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