Dilma apoia greve de entregadores: devem ter seus direitos reconhecidos e pagos
A ex-presidente Dilma Rousseff declarou apoio aos trabalhadores de aplicativos que promoveram greve nesta quarta-feira (1), exigindo vínculo empregatício e melhores condições de trabalho. “Esta categoria de trabalhadores tem sido submetida a uma nova forma de servidão”, afirmou
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247 - A ex-presidente Dilma Rousseff declarou apoio e solidariedade aos trabalhadores de aplicativos que cruzaram os braços nesta quarta-feira (1) em greve por melhores condições de trabalho. “Esta categoria de trabalhadores tem sido submetida a uma nova forma de servidão”, denunciou ela em suas redes sociais.
Dilma também esclareceu que “entregadores de apps não são trabalhadores formais, porque não têm nenhum direito trabalhista, e não são empreendedores, porque nada possuem além de suas motos e bicicletas, que muitas vezes são alugadas. Trabalham mais de 12 horas/dia para ganhar em média R$ 963/mês”.
“São chamados de empreendedores só para que lhes neguem direitos básicos, como jornada de 8h, hora extra, folga semanal, previdência, seguro contra acidentes e alimentação. Um deles desabafou: "O que dói mais é trabalhar com fome carregando comida nas costas”, acrescentou ela.
Dilma também apontou que “o capitalismo de plataformas impõe uma forma brutal de exploração. As companhias que controlam o setor aumentaram seus lucros em 85%, enquanto os entregadores perderam renda, pela concorrência excessiva, e hoje se arriscam o tempo todo à contaminação pelo coronavírus”.
“Os trabalhadores devem ter seus direitos reconhecidos e pagos. As plataformas e os controladores dos aplicativos devem ser regulados e fiscalizados”, defendeu a ex-presidente, que fez outro alerta: “A barbárie em nosso país está solta e sem nenhum controle. Isso não pode continuar. Por isso, meu apoio ao #BrequeDosApps”.
Saiba mais
Para dizer não ao regime de exploração dos aplicativos de entrega, motoboys saíram às ruas na manhã desta quarta-feira (1) reivindicando melhores condições de trabalho. Os trabalhadores cobram um vínculo trabalhista com as empresas e melhores condições de trabalho.
Eles denunciam que chegam a ganhar apenas R$3,00 por uma corrida e que muitas vezes sentem fome e carregam nas mochilas as comidas da entrega. Além disso, não possuem nenhuma proteção ou plano de saúde, tendo em vista o risco que correm ao se exporem nas ruas das grandes capitais, todos os dias.
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