Dilma: ‘vivemos sob uma democracia ameaçada’
Em ato do MST que reuniu militantes mulheres de todo o Brasil e do mundo, a ex-presidente Dilma Rousseff destacou as ameaças à democracia, o casamento do autoritarismo com a agenda neoliberal e ressaltou que "a mulher tem um papel fundamental" nessa luta
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247 - A ex-presidente Dilma Rousseff foi presença marcante em evento organizado pelo MST neste sábado (7) em Brasília, o primeiro grande encontro de mulheres da entidade no país.
“Vivemos sob uma democracia ameaçada. É óbvio que se cria, no Brasil, um clima de medo, mas eu quero recorrer àquela poesia do escritor mineiro João Guimarães Rosa que dizia que viver era muito perigoso, mas que o que a vida quer da gente é coragem, por isso enfrentar sem medo essa situação que nós vivemos hoje é crucial”, disse a ex-presidente, sob aplausos energéticos.
Dilma chamou a atenção para o casamento entre o avanço da agenda neoliberal e o autoritarismo no país, que ameaça especialmente os direitos das mulheres. “Nós temos de ter clareza de que o neoliberalismo e o neofascismo são irmãos siameses. Não existe um sem o outro, e é isso que é o caráter mais perverso deste autoritarismo que afeta todas nós”, pontuou, chamando a atenção para os desdobramentos do problema, como a asfixia imposta às políticas públicas.
Ela defendeu ainda que a cartilha do governo Bolsonaro precisa encontrar uma oposição cada dia mais robusta e multilateral. “Temos que buscar as forças de todos os movimentos sociais, e aí eu acho que a mulher tem um papel fundamental, principalmente com a luta feminista”, disse, ao defender a união de todas na defesa do patrimônio nacional e dos direitos sociais.
Informações do Brasil de Fato
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