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Doméstica não tem como ir à Disney com salário de R$ 1.200, diz entidade

Em carta, o presidente do Instituto Doméstica Legal, Mario Avelino, pediu que o ministro Paulo Guedes se desculpe por ter dito que até uma emprega doméstica poderia ir à Disney se o dólar estivesse baixo. "Não conheci até hoje uma doméstica que tenha ido à Disney com salário que ganha", disse

Mario Avelino e Paulo Guedes (Foto: Pedro França/Agência Senado | ABr)
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247 - O presidente do Instituto Doméstica Legal, Mario Avelino, encaminhou nesta quinta-feira (13) uma carta ao ministro da Economia, Paulo Guedes, pedindo que ele se desculpe por ter dito que, se o dólar estivesse baixo, até uma emprega doméstica poderia ir à Disney, nos Estados Unidos. No quarto trimestre de 2019, o salário médio dos empregados domésticos ficou em R$ 904. Entre os que estão trabalhando com carteira assinada, a média é de R$ 1.267, apontou a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). A moeda americano está acima dos R$ 4,00.

"Eu até conheci empregados domésticos que foram para a Disney, mas como babás, mas foram para trabalhar. Particularmente, não conheci até hoje uma doméstica que tenha ido à Disney com salário que ganha. Se nem quem ganha R$ 5.000 está conseguindo", afirma Avelino.

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De acordo com o IBGE, nos três últimos meses do ano passado, 6,3 milhões de pessoa atuavam como trabalhadores domésticos. Desses, 72% estão na informalidade.

Durante evento em Brasília (DF), nesta quarta-feira (12), Guedes afirmou: "Não tem negócio de câmbio a R$ 1,80. Vamos importar menos, fazer substituição de importações, turismo. [Era] todo mundo indo para a Disneylândia, empregada doméstica indo para a Disneylândia, uma festa danada".

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Em nota, a Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad) repudiou as declarações do ministro. "Como um representante do alto escalão do governo Federal pode emitir uma fala discriminatória contra uma classe tão importante para a sociedade? As domésticas contribuem para a economia mundial. Somos representantes da classe trabalhadora, e temos o direito de gastar o dinheiro como desejar", afirma Luiza Batista, presidente da federação, na nota. "O salário mal dá para garantir uma cesta básica", diz Luiza.

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