Donos da Taurus lucraram R$ 10 milhões com decreto de Bolsonaro
A Tauruspar Participações, controladora da empresa Taurus, viu no decreto que libera a posse de armas em todo o território brasileiro uma chance para obter recursos no mercado financeiro; diante de expectativas de mercado, a controladora vendeu 260 mil ações ordinárias e 923 mil papéis preferenciais, embolsando R$ 9,38 milhões; detentora do monopólio de armas no Brasil, a Taurus passa por uma crise de endividamento (R$ 887, 5 milhões) e, sem previsão de crescimento no Brasil, via sua situação se agravar; segundo analistas, há um cenário negativo para a Taurus: o governo indicou que pode abrir o mercado brasileiro de armas para empresas estrangeiras
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Da Agência Russa Sputnik News - A Tauruspar Participações, grupo controlador da Taurus Armas, pode ter engordado as suas contas bancárias em até R$ 10 milhões nesta terça-feira, mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto em favor de flexibilização da posse de armas no Brasil.
Segundo dados da Bolsa de Valores de São Paulo, divulgados pelos jornais Valor Econômico e Folha de S. Paulo, a controladora diminuiu a sua participação na empresa, vendendo 260 mil ações ordinárias e 923 mil papéis preferenciais na véspera do decreto.
Tomando por base o preço médio de negociação das ações da companhia no dia (R$ 8,2229 e R$ 7,8491), a Tauruspar Participações — que detinha 62,82% da empresa, e agora possui 61,24% — pode ter embolsado R$ 9,38 milhões.
Em nota, a empresa declarou que a venda de papéis visou a obtenção de recursos no mercado. A Taurus vive uma crise financeira devido ao alto endividamento (R$ 887,5 milhões), sem crescimento do faturamento nos últimos anos.
Detentora do monopólio de armas no Brasil, a Taurus vinha acompanhando a valorização dos seus papeis nas últimas semanas, sobretudo pela expectativa do decreto de Bolsonaro sobre o assunto, que pode aumentar o comércio interno de revólveres e pistolas.
Logo após a assinatura do decreto, o valor das ações passou a cair na Bolsa, o que reflete dois cenários, segundo analistas: o decreto ficou aquém das expectativas, e o governo indicou que pode abrir o mercado brasileiros de armas para empresas estrangeiras.
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