CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Brasil

“Duvanier deveria ter sido atendido por um médico”

Diretor-geral da Polcia Civil do DF, Onofre Moraes (esquerda), disse em entrevista a uma rdio local que donos de hospitais podem ser indiciados por homicdio culposo pela morte do secretrio do Ministrio do Planejamento

“Duvanier deveria ter sido atendido por um médico” (Foto: Leonardo Arruda/247 e Gervásio Baptista/ABr)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Natalia Emerich_ Brasília 247 – O diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Onofre Moraes, acredita que o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, 56 anos, que morreu ao ter uma parada cardíaca na quinta-feira (19), deveria ter sido atendido por um médico. Moraes reforça a possibilidade de os responsáveis dos hospitais Santa Lúcia e Santa Luzia, acusados de terem negligenciado socorro ao secretário, serem indiciados por homicídio culposo – quando não há intenção de matar.

Em entrevista à Band News, na manhã desta terça-feira (24), o diretor-geral da Polícia Civil afirma que as investigações têm como objetivo identificar quem deu ordem para que o paciente fosse atendido na emergência mediante pagamento antecipado. O inquérito foi aberto na 1º Delegacia de Polícia, na Asa Sul. As circunstâncias da morte de Duvanier serão investigadas, mas Moraes antecipou que o não-atendimento ou cobrança de cheque-calção configuram negligência.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

De acordo com Moraes, a princípio não dá para responsabilizar o atendente que fez o primeiro contato com Duvanier, pois ele não teria respaldo para identificar a gravidade do problema, e nem o médico, que não teve contato com o paciente para identificar a situação de emergência. “Temos que saber, primeiro, de quem partiu a ordem para que o secretário pagasse antes de ser atendido”, afirma o diretor-geral da Polícia Civil.

As investigações estão sendo feitas em duas delegacias: na 1ª DP e na do Consumidor. Os investigadores vão apurar, principalmente, possíveis práticas administrativas que dão orientações aos funcionários para que eles não façam os procedimentos corretos em casos graves. É obrigação de todos os hospitais, públicos e particulares, prestarem socorro em casos emergenciais, afirmou Moraes. “As vagas existem, mas muitas vezes são destinadas a pessoas que tem dinheiro para pagar, não é um problema de superlotação”, questiona. Segundo ele, as despesas são reavidas posteriormente pelo Sistema Único de Saúde.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Descaso

O secretário de Recursos Humanos do governo federal morreu na madrugada de quinta-feira (19). Ao sentir fortes dores no peito, ele e a esposa, Cássia Gomes, procuraram as emergências dos hospitais Santa Lúcia e Santa Luzia, mas o atendimento foi negado por falta de pagamento prévio. Sem sucesso, a família correu para o Hospital Planalto, mas durante o preenchimento de documentos, Duvanier teve uma parada cardíaca e não resistiu.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Os dois hospitais negam ter recusado o socorro. A assessoria do Santa Lúcia informou que a família desistiu do atendimento, pois o hospital não aceitava o plano de saúde Geap - adotado por Duvanier. No Santa Luzia, a versão é que o hospital não foi procurado pelo secretário.

Em relação ao possível indiciamento pelo crime de homicídio culposo, aquele em que não há intenção de matar, por enquanto as instituições não vão se pronunciar. As assessorias de imprensa afirmam que estão colaborando com as investigações e que mais esclarecimentos serão feitos durante o inquérito policial.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO