Em delação, Funaro pode mirar 200 parlamentares
Amigo e operador de Eduardo Cunha no esquema de propina do FGTS, o empresário Lúcio Funaro, preso na sexta-feira passada, promete atirar contra 200 parlamentares em um possível acordo de delação premiada; como apontou hoje o colunista Lauro Jardim, Funaro pode tirar de Cunha o seu último poder, o de destruir, uma vez que sabe da maior parte de seus segredos; nesta quinta-feira, o Ministério Público Federal mandou um recado por meio de uma reportagem do Globo, que trouxe a fala de um procurador não identificado: entre Cunha e Funaro, só será aceita uma delação, pois os dois teriam conhecimentos dos mesmos fatos
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247 – Braço direito de Eduardo Cunha, o empresário Lúcio Funaro pode disparar contra 200 parlamentares em um possível acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal no âmbito da Operação Lava Jato.
Como apontou hoje o colunista Lauro Jardim, do Globo, Funaro pode tirar de Cunha o seu último poder, o de destruir, uma vez que sabe da maior parte de seus segredos e poderá revelá-los aos investigadores.
Nesta quinta-feira, o Ministério Público Federal mandou um recado por meio de uma reportagem do jornal, que trouxe a fala de um procurador não identificado: entre Cunha e Funaro, só será aceita uma delação, pois os dois teriam conhecimento dos mesmos fatos.
Funaro era intermediário de Cunha no esquema de pagamento de propina ao ex-presidente da Câmara em troca da liberação de verbas do fundo de investimentos do FGTS. Em delação, o ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal Fábio Cleto revelou que Cunha ficava com 80% da propina e que sabotava projetos que eram de interesse do PT (leia mais).
Preso na sexta-feira passada, o aliado de Cunha, que já foi delator no processo do "mensalão", conhece cada um dos parlamentares da base aliada do PMDB na palma da mão e, por isso, uma eventual delação sua poderia implodir o Congresso, conforme já noticiou o 247. Ele teria inclusive feito gravações de seus interlocutores recebendo dinheiro. A defesa do investigado nega que haverá delação.
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