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Especialista da Fiocruz diz que covid-19 não é uma "gripezinha" e defende o isolamento social contra pandemia

A penumologista da Fiocruz Margareth Dalcolmo alerta que a covid-19 não é uma “gripezinha”, como diz Jair Bolsonaro. “Sabemos que esse vírus é muito mais transmissível e letal do que a gripe comum. E é imprevisível. Que fique claro, ele não causa uma pneumonia clássica, do tipo que os médicos estão acostumados a ver”, alerta

Margareth Dalcolmo (Foto: Reprodução/TV Globo)
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247 - A pneumologista Margareth Dalcolmo, que trabalha na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fiocruzalerta que ao contrário  do alardeado por Jair Bolsonaro, a covid-19 não é uma “gripezinha” e o isolamento social é necessário para conter o avanço do novo coronavírus. “Sabemos que esse vírus é muito mais transmissível e letal do que a gripe comum. E é imprevisível. Que fique claro, ele não causa uma pneumonia clássica, do tipo que os médicos estão acostumados a ver”, alerta.

A pneumonia da Covid-19 é muito diferente da comum. Ela se caracteriza por ser intersticial e que evolui com fibrose pulmonar, muitas vezes precoce”, disse Margareth em entrevista ao jornal O Globo.

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Considerada uma das especialistas mais experientes do país em sua para de atuação, ela ressalta que nos casos mais graves o que começa como “uma gripe comum evolui rapidamente para insuficiência respiratória aguda decorrente de uma pneumonia. Mas a inflamação é tão grande que leva à sépsis, ou inflamação generalizada. Todo o corpo começa a sofrer e a falhar. Na terceira fase vemos o paciente sofrer de síndrome de angústia respiratória (Sara). Muitos não voltam dessa fase”, afirma.

Ainda segundo a especialista, "não há estudos com um grande número de pacientes, que mostrem as sequelas mais frequentes, os danos que elas causam. Não sabemos qual o grau de sequela que os sobreviventes podem ter”. 

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Para ela, é preciso “defender o isolamento social radical. Não há alternativa. Isso tem um alto custo econômico, terrível mesmo. Mas a doença custará ainda mais caro. O Brasil tem milhões de trabalhadores informais. O governo tem que ajudá-los, mas a iniciativa privada também deveria colaborar com essa  parte. Não haverá vacina para salvar as pessoas nessa pandemia. A vacina será para daqui a cerca de dois anos. Mas as pessoas estão morrendo agora”.

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