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Especialista em Stanford diz que base curricular é trágica em ciências

A terceira e última versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino infantil e fundamental foi apresentada nesta quinta-feira (6) pelo Ministério da Educação (MEC); em entrevista à Folha, o professor da Universidade Stanford, Paulo Blikstein, afirmou que um dos eixos da base nacional "vai completamente contra o que o mundo está fazendo" porque deixou de lado um componente fundamental para experimentação: a tecnologia; ele é um dos maiores especialistas em tecnologia aplicada à educação do mundo

A terceira e última versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino infantil e fundamental foi apresentada nesta quinta-feira (6) pelo Ministério da Educação (MEC); em entrevista à Folha, o professor da Universidade Stanford, Paulo Blikstein, afirmou que um dos eixos da base nacional "vai completamente contra o que o mundo está fazendo" porque deixou de lado um componente fundamental para experimentação: a tecnologia; ele é um dos maiores especialistas em tecnologia aplicada à educação do mundo (Foto: José Barbacena)
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247 - A terceira e última versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino infantil e fundamental foi apresentada nesta quinta-feira (6) pelo Ministério da Educação (MEC). O texto não aborda o ensino médio. 

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o professor da Universidade Stanford, Paulo Blikstein, afirma que um dos eixos da base nacional "vai completamente contra o que o mundo está fazendo" porque deixou de lado um componente fundamental para experimentação: a tecnologia. Ele é um dos maiores especialistas em tecnologia aplicada à educação do mundo.

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A BNCC é considerada fundamental para reduzir desigualdades na educação no Brasil e países desenvolvidos já organizam o ensino por meio de bases nacionais. O documento define a linhas gerais do que os alunos das 190 mil escolas do país devem aprender a cada ano.

"Em ciências, a BNCC é trágica. Matemática inovou com a introdução de estatística e tecnologia. A palavra "software" aparece 13 vezes em matemática. Em artes, uma vez. Em ciências, zero. A tecnologia inexiste na base de ciências –é um absurdo. Cientista não usa tecnologia? Entender como funcionam as tecnologias digitais não é fundamental no mundo moderno? Programação não é um letramento-chave do século 21? Vai completamente contra o que o mundo está fazendo. Como esperamos ter mais cientistas e engenheiros no futuro?", diz o professor.

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"Além da questão da falta de tecnologia, a base de ciências não implementa progressões claras –peça chave nas bases modernas. Um tópico é apresentado sem que os alunos tenham os pré-requisitos para entendê-lo. Não há uniformidade nem rigor no uso dos verbos que descrevem as habilidades. O texto não sabe se é base ou currículo, às vezes lista só conceitos, às vezes recomenda uma estratégia de sala de aula", explica o professor.

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