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Especialista russo diz que, sem Lula, Bolsonaro pode vencer

Para o diretor da Faculdade de Ciências Econômicas e Sociais da Academia de Economia Nacional e Administração Pública russa Aleksandr Chichin, a condenação do ex-presidente Lula em segunda instância, já era previsível e o mais grave nesta situação não é a hipótese de Lula não poder participar das próximas eleições, mas "expulsar" da política o maior partido do país que governou por mais de 10 anos; "Para o atual presidente brasileiro, Michel Temer, o perigo de que Lula volte a ser presidente tem sido absolutamente real. Por isso, foi preciso ativar a máquina judiciária", diz Chicin; analista indicou, ainda, Jair Bolsonaro como o provável vencedor da disputa eleitoral em 2018

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Sputnik - Em 24 de janeiro, o ex-presidente brasileiro, o petista Luiz Inácio Lula da Silva, foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) em segunda instância, com uma pena prolongada de 9 para 12 anos.

Na sequência, foi também ordenada a apreensão de seu passaporte, o que significa que Lula, a partir de agora, não pode sair do país. Enquanto isso, o PT se apressou a anunciar a pré-candidatura do político apesar da condenação.

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Aleksandr Chichin, diretor da Faculdade de Ciências Econômicas e Sociais da Academia de Economia Nacional e Administração Pública russa, compartilhou com o serviço russo da Rádio Sputnik sua opinião em relação ao assunto.

"É uma decisão bem previsível. Porém, o aumento da pena era bem imprevisível, a meu ver. Bem poderia se limitar ao prazo que já havia, é o bastante para privar uma pessoa de 72 anos da hipótese de participar [das eleições]", sublinhou o especialista.

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Entretanto, Chichin sublinhou que ainda não é completamente claro se Lula na verdade não terá chance de se candidatar às presidenciais de outubro do ano corrente.

"A coisa é que ele foi condenado pelo Tribunal em segunda instância, o que significa que ainda pode recorrer ao Supremo Tribunal. Segundo, quanto à proibição de ocupar quaisquer postos eleitos, ele ainda pode se dirigir também ao Tribunal Superior Eleitoral. De fato, este pode lhe permitir participar, embora a lei nacional de fato diga que, caso a decisão seja tomada pelo Tribunal em segunda instância, nem o Supremo Tribunal, nem o Tribunal Superior Eleitoral o devem fazer", explicou.

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O especialista opina que o fator mais grave nesta situação não é a hipótese de Lula não poder participar das próximas eleições, mas o ato de "expulsar" do panorama político o maior partido do país que governou por mais de 10 anos. Isto, em sua opinião, foi o resultado da ascensão drástica das posições do petista nas sondagens.

"Para o atual presidente brasileiro, Michel Temer, o perigo de que Lula volte a ser presidente tem sido absolutamente real. Por isso, foi preciso ativar a máquina judiciária. Não havia outro jeito, pois todas as sondagens têm indicado que Lula da Silva pode voltar ao poder", enfatizou.

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Ademais, o analista indicou Jair Bolsonaro como o mais provável vencedor da disputa eleitoral em 2018, por ele ser o segundo melhor colocado e por a esquerda brasileira estar muito enfraquecida e dividida.

Ao falar sobre as relações dos países latino-americanos, Chichin relembrou a chamada "virada à esquerda" no continente e até se referiu a algumas "teorias da conspiração", levando em conta que em muitos países da região "contagiados pela febre populista" os grandes líderes começaram a sofrer de doenças graves ao mesmo tempo.

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"Tudo começou em 2008, quando foi revelado... Há pouco, o WikiLeaks publicou estes dados, sobre o período de 2008 em que o Departamento de Estado e a CIA dos EUA exigiram à embaixada estadunidense no Paraguai que apresentasse os códigos de ADN de todos os presidenciáveis", relembrou.

Já depois, as autoridades norte-americanas começaram a promover uma política que sempre fizeram, a de promoção dos seus interesses nacionais no território latino-americano, apoiando os candidatos vantajosos para si (basta se referir à figura de Macri, atual presidente argentino). Em vários casos, como, por exemplo, na Venezuela, ressalta Chichin, Washington optou pelo caminho de "asfixia" através das sanções.

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"Seu interesse pelo Brasil está absolutamente claro. Caso não consigam manter Temer e a continuidade da política pró-americana, então voltará o PT e haverá uma virada para o lado completamente oposto", sublinhou.

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