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Estudo liga paraísos fiscais a empresas que atuam na Amazônia

Estudo publicado na revista "Nature Ecology and Evolution" aponta que, entre 2000 e 2011, 68% do dinheiro estrangeiro que abasteceu as indústrias da soja e da carne, que operam na Amazônia, chegaram ao País por meio de paraísos fiscais; relatórios publicados por instituições como o Banco Mundial já apontaram a relação entre paraísos fiscais e atividades ilegais, como lavagem de dinheiro

Estudo liga paraísos fiscais a empresas que atuam na Amazônia (Foto: Esq.: Divulgação/Toby Gardner/Science)
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247 - Um estudo publicado nesta segunda-feira (13) na revista "Nature Ecology and Evolution" aponta que, entre 2000 e 2011, 68% do dinheiro estrangeiro que abasteceu as indústrias da soja e da carne, que operam na Amazônia, chegaram ao País por meio de paraísos fiscais. Ilhas Cayman, Bahamas e Antilhas foram os mais acionados. Dos US$ 26,9 bilhões de dólares (R$ 104 bilhões) que as empresas receberam de fora do país no período analisado, 18,4 bilhões de dólares (R$ 71 bilhões) foram transferidos via paraísos fiscais.

"Os setores de soja e carne bovina estão associados ao desmatamento na Amazônia, como estudos já mostraram. E um acesso maior ao capital permite o aumento do desmatamento", disse à DW Brasil Victor Galaz, pesquisador do Stockholm Resilience Centre, que liderou o estudo. "No entanto, com os dados disponíveis atualmente, ainda não é possível fazer uma conexão direta entre aumento do desmatamento e os paraísos fiscais."

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Os paraísos fiscais garantem pelo menos três benefícios a investidores: eficiência jurídica, redução de impostos e sigilo absoluto. Relatórios publicados por instituições como o Banco Mundial já apontaram a relação entre paraísos fiscais e atividades ilegais, como lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.

"O uso desses ambientes não é apenas um desafio sociopolítico e econômico, mas também, muito provavelmente, ambiental. O sigilo dificulta a capacidade dos pesquisadores de analisar como os fluxos financeiros afetam as atividades econômicas", diz o estudo, assinado por pesquisadores da Universidade de Estocolmo, Academia de Ciências da Suécia e Universidade de Amsterdã.

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Os dados usados na pesquisa foram obtidos junto ao Banco Central do Brasil. Segundo  G1, os autores informaram que esses valores são injetados nas empresas por meio de transações financeiras declaradas como empréstimos, operação de leasing ou aluguel, pagamento antecipado das exportações e financiamento de importações. "O que observamos é que os paraísos fiscais são muito importantes como jurisdições quando se olha de onde o capital está sendo transferido para esses setores no Brasil", comentou Galaz.

 

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