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Brasil

Ex-diretor do Inpe diz que discurso de Salles dá "sinal verde para desmatadores'"

Para o ex-diretor do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, os dados que mostram o aumento do desmatamento na Amazônia não surpreende e disse que o ministra Ricardo Salles deve apresentar um plano efetivo, caso contrário, será um "sinal verde para desmatadores"

Ricardo Galvão e Ricardo Salles (Foto: Reprodução | ABr)
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247 - Ricardo Galvão, diretor que foi exonerado do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) após entrar em rota de colisão com o governo de Jair Bolsonaro, afirmou em entrevista ao jornal O Globo, que não se surpreendeu pelo órgão, mostrando que 9.762 km² de floresta foram devastadas entre agosto de 2018 e julho deste ano.

Segundo ele, se o país manter nesse ritmo, em dez anos o desmatamento da floresta pode se tornar irreversível.

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"O ministro Salles falar que é necessário um desenvolvimento sustentável pode ser sinal verde para os desmatadores, se ele não apresentar um plano efetivo", criticou Galvão.

Quando Galvão estava no Inpe, Jair Bolsonaro chegou a dizer que as informações sobre desmatamento apontadas pelo órgão eram mentirosas e acusou Galvão de estar a serviço de ONGs estrangeiras.

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Agora, os número apresentados pelo governo reforçam os alertas feitos pelo Instituto. "Antes mesmo de saírem esses dados, o desmatamento apontado pelos alertas do sistema Deter (também do Inpe) já indicava um aumento grande. De janeiro a junho, foi quase o dobro do mesmo período do ano passado. Temos uma série histórica de 13 anos que mostra que os dados do sistema Prodes (que mostra o total anual de desmate) costumam ser acima do apontado pelo Deter (que emite alertas em tempo real). Então, já esperávamos um desmatamento acima de 9.000 km²", disse.

Para o pesquisador,  "é um momento de preocupação até do ponto de vista legal".

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"A lei 12.187 (instituída pela Política Nacional sobre Mudança do Clima) obriga o governo brasileiro a reduzir o desmatamento em 2020 a menos de 3.900 quilômetros quadrados. O governo não vai cumprir isso", alerta Galvão.

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