Exército colocou oficiais para revisar decisões de médicos e obrigar prescrição de 'kit Covid'
Oficiais determinavam que pacientes suspeitos de Covid-19 passassem por um "segundo atendimento", com a possibilidade de "reconsideração de ato"
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247 - O Exército colocou oficiais para rever decisões de médicos militares que não prescrevessem "tratamento precoce" para pessoas suspeitas de Covid. A ordem foi dada pelo comando da 7ª Região a seus hospitais em Natal (RN), João Pessoa (PB) e Recife (PE). A informação foi publicada pela coluna de Lauro Jardim.
Oficiais determinavam que pacientes passassem por um "segundo atendimento", com a possibilidade de "reconsideração de ato". O responsável por esta etapa seria um Oficial de Supervisão Administrativa, com patente de capitão ou superior e que, obrigatoriamente, não fosse da área de saúde.
Em denúncia ao Ministério Público Federal em Pernambuco (MPF-PE), um dos profissionais disse que havia "coerção dos médicos militares pelo comando da 7ª RM para prescrição de tratamento precoce para Covid e reavaliação de atendimento para indicação forçada de medicação". O denunciante afirmou que os médicos seriam "praticamente obrigados a prescrever com um capitão vigiando". O MPF arquivou a denúncia, informou a coluna.
A recomendação do kit covid foi uma das linhas de investigação da CPI da Covid, que pedirá ao Judiciário o indiciamento de pessoas envolvidas na propagação de remédios sem eficácia comprovada para o tratamento de pessoas diagnosticadas com a doença. Um dos indiciados deve ser Jair Bolsonaro.
Quem também devem ser alvo de pedidos de indiciados são funcionários da Prevent Senior. A operadora ocultou mortes de pacientes com a doença durante estudo para testar a eficácia da hidroxicloroquina, associada à azitromicina.
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