Extinção do Ministério do Esporte afeta também secretarias estaduais
Muito tem se falado das ações tomadas pelo Presidente Jair Bolsonaro desde que o mesmo assumiu o governo do país em cerimônia realizada no início do ano.
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Muito tem se falado das ações tomadas pelo Presidente Jair Bolsonaro desde que o mesmo assumiu o governo do país em cerimônia realizada no início do ano. Com um discurso frequente sobre a necessidade de cortar gastos da máquina pública, as primeiras atitudes já começam a ser colocadas em prática. Um exemplo disso é a extinção de Ministérios, incluindo o Ministério do Esporte.
Quando chegou ao Governo, o número de ministérios era de 27. Após ajustes realizados por sua equipe, este número caiu para 22. Entre os ministérios que deixaram de existir estão Segurança Pública, Desenvolvimento Social, Trabalho, Cultura, MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Planejamento, Integração Nacional, Cidades e Esporte. As pastas que deixaram de existir foram anexadas a outros projetos. Porém, alinhados à proposta do novo governo, as secretarias de esporte de vários estados também foram extintas.
Os estados e o esporte
O esporte sempre foi visto como uma ferramenta de transformação social. Por isso, a retirada de um ministério específico para isso pegou muita gente de surpresa. Ainda assim, isso não significa que não haverá incentivos nesse sentido: é possível que os atletas continuem sendo apoiados, a nível federal e estadual.
Entretanto, com a extinção de um ministério para os esportes no âmbito nacional, alguns governos estaduais realizaram a mesma ação com o objetivo de diminuir custos que oneram milhões anualmente. Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Pernambuco e Sergipe são os estados que atualmente não contam com uma pasta direcionada para as modalidades esportivas.
Para muitas pessoas, esse tipo de ação é necessária e faz sentido dentro do contexto atual do país. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Maranhão, Amazonas e Alagoas mantiveram suas secretarias de esporte, mas não contam com profissionais da área: as nomeações forem feitas por meio de indicações políticas.
Quem perde e quem ganha?
Nesse momento, é difícil dizer se a decisão do Presidente Jair Bolsonaro foi a mais acertada. Por um lado temos o sentimento de que o esporte está sendo deixado de lado, mas por outro é compreensível a ideia de economia. Mas é importante lembrar que há muito espaço em 2019 para a discussão de temas relacionados ao esporte, como a MP que prevê a liberação de apostas esportivas de cota fixa em todo o Brasil, assinada pelo então presidente Michel Temer.
A MP das apostas esportivas garante que com a legalização da modalidade os recursos que entrarão devem ser aplicados em projetos sociais de esporte e na segurança pública. Com o número cada vez mais frequente de apostadores, é prevista a entrada de recursos importantes no “caixa” do governo. O mercado é enorme e já existem sites especializados que explicam tudo o que você precisa saber sobre casas de apostas esportivas. Atualmente, as plataformas atuam do exterior, mas podem migrar bases para o país, se as condições forem favoráveis. Isso geraria impacto na economia, além, é claro, de aumento na captação de apostas e maior arrecadação de impostos.
Além disso, o governo prevê uma grande economia com a diminuição dos ministérios. Só no Esporte, no ano de 2016, em que aconteceram as Olimpíadas do Rio teve o gasto de mais de 2 milhões de reais. Apesar de ser um ano importante em que os funcionários viajaram mais, esse gasto representou o aumento de verba de 70% quando comparado ao ano anterior. Nos anos posteriores, houve uma queda nos gastos.
De qualquer forma, a gestão Bolsonaro está somente começando. Por isso, ainda não podemos prever se a decisão de extinguir o Ministério do Esporte foi acertada ou não. Nos resta esperar os próximos passos para que possamos analisar o desempenho geral do país e o sucesso dos projetos da equipe de governo.
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