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Filha de Temer declara que "vota 13" mesmo após Lula denunciar golpe de 2016 no debate da Globo

A filha do ex-presidente golpista afirmou que o voto em Lula não é uma defesa do próprio candidato, mas de um 'modelo de sociedade'

Luciana Temer (Foto: Reprodução)

247 - Luciana Temer, filha do ex-presidente golpista Michel Temer (MDB), publicou um vídeo neste sábado (29) declarando voto em Lula (PT) para o segundo turno das eleições presidenciais, mesmo após o presidenciável petista ter chamado Michel de "golpista" durante o debate da Globo desta sexta-feira (28).

Segundo Luciana, o que ela defende não é um homem, mas sim um modelo de país: "Muita gente me perguntando aqui se eu vou continuar a defender um homem que chamou meu pai, Michel Temer, de golpista em rede nacional. Quem me conhece sabe o quanto amo e admiro meu pai, mas deixa eu explicar uma coisa para quem ainda não entendeu: eu não defendo um homem, eu defendo um modelo de país, de sociedade." 

"(Tal modelo) não é possível, definitivamente, com um governante (Jair Bolsonaro) que desrespeita as instituições, que é favorável às crianças não frequentarem a escola, que é favorável ao armamento das pessoas, que tem falas e atitudes machistas, racistas e homofóbicas", acrescentou a professora, que inclusive já foi secretária de Fernando Haddad (PT) na prefeitura de São Paulo entre 2013 e 2016.

A filha do ex-presidente golpista concluiu que o voto em Lula não é uma defesa do próprio candidato, mas de um 'modelo de sociedade': "Não é, definitivamente, este país que quero deixar para meus filhos e meus netos. Aliás, não é o país que eu quero para mim hoje. Por isso eu voto 13: não é uma defesa do Lula, é defesa de modelo de sociedade."

Luciana foi uma das filhas que pressionaram Michel Temer a desistir de declarar apoio a Bolsonaro no segundo turno do atual pleito. Após receber a 'enquadrada' da família, o ex-presidente golpista apenas declarou que aplaudirá a candidatura que "defender a democracia, cumprir rigorosamente a Constituição, promover a pacificação, manter as reformas já realizadas no meu governo e propor ao Congresso Nacional as reformas que já estão na agenda do país".

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