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Brasil

Filme sobre Lava Jato explora pedalinhos e omite patrocinadores

Superprodução sobre a Operação Lava Jato teve cenas vazadas para o jornal O Globo, que liderou o golpe de 2016, e parece ser peça de propaganda contra o ex-presidente Lula; numa das cenas, aparecem os famosos pedalinhos do sítio de Atibaia (SP); patrocinadores do filme, que será lançado no Dia da Pátria, continuam ocultos; em entrevista nesta manhã, Lula afirmou que a Lava Jato é subordinada à Globo, afirmou que o sítio tem donos conhecidos e disse ainda que o objetivo do golpe é tirá-lo da vida política do País

Superprodução sobre a Operação Lava Jato teve cenas vazadas para o jornal O Globo, que liderou o golpe de 2016, e parece ser peça de propaganda contra o ex-presidente Lula; numa das cenas, aparecem os famosos pedalinhos do sítio de Atibaia (SP); patrocinadores do filme, que será lançado no Dia da Pátria, continuam ocultos; em entrevista nesta manhã, Lula afirmou que a Lava Jato é subordinada à Globo, afirmou que o sítio tem donos conhecidos e disse ainda que o objetivo do golpe é tirá-lo da vida política do País (Foto: Felipe L. Goncalves)
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247 - O filme “Polícia Federal – A lei é para todos”, que promete contar os bastidores da Operação Lava Jato e que deverá ser lançada no dia 7 de setembro, ganhou um reforço midiático de peso na sua promoção.

Os colunistas do Globo Ancelmo Gois e Lauro Jardim assistiram a cinco minutos de cenas inéditas do longa-metragem dirigido por Marcelo Antunez que retrata a primeira fase da Lava Jato. O teaser, que logo no início explora os pedalinhos comprados por Lula para os netos, termina com uma locução dizendo “bom dia, presidente. Temos um mandado pra cumprir”, em uma clara referência à condução coercitiva contra Lula determinada pelo juiz federal Sérgio Moro. 

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Nas imagens, aparecem com destaque cenas de ação e os pedalinhos comprados pelo ex-presidente Lula e sua falecida mulher, Marisa Letícia, para brincar com os netos no sítio pertencente a amigos que o casal costumava utilizar em suas folgas, em Atibaia, interior de São Paulo, e pelo qual Lula é réu num processo.

Nos comentários, os jornalistas destacam o uso de nomes reais das personagens da película, como o doleiro Alberto Youssef, que foi preso e condenado em meio à investigação. Eles também destacam que o filme deveria ser lançado mais à frente, indicando um período posterior a uma eventual condenação de Lula em definitivo.

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De acordo com os colunistas, o filme “custou R$ 12 milhões” por meio da iniciativa privada e os produtores são “totalmente contra a Lei Rouanet”, de incentivo à cultura. Os nomes dos patrocinadores da produção não foram revelados.

Ao citar o ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, o jornalista Ancelmo Gois comenta que “ele é a chave de tudo. Ele foi colocado lá pelo PT para roubar mesmo”. Já Lauro Jardim diz que “o filme tem claramente um viés [politico]”, mas que “isso não é nenhum problema”. 

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O colunista ressalta que, como o filme tem um componente político muito forte, em algum momento terá que ser explicado quem são seus produtores. Ao término dos “comentários”, Jardim diz que “até onde sabe”, o filme terá “uma sequência, um número 2 já com a história do Joesley”, em referência ao dono da JBS. 

O filme vem sendo criticado pelas referências ao PT e ao ex-presidente Lula, além do fato de seus patrocinadores serem desconhecidos. O uso de filmagens internas da própria investigação e de equipamentos e instalações da própria Polícia Federal chegou a ser questionado na Justiça por deputados do PT.

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Nesta sexta-feira (18), Lula disse em entrevista ao jornalista Mario Kertész, da rádio Metrópole de Salvador, que é inocente nas ações penais pelas quais é acusado na Lava Jato e afirmou que o objetivo de sua eventual condenação em segunda instância é concluir o golpe, iniciado em 2016 com a derrubada da presidente Dilma Rousseff. "A Lava Jato está virando um partido político e tem espaço garantido na televisão. Se eu voltar em 2018, vou voltar mais forte", destacou.

Assista abaixo ao trailer do filme:

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