‘Foi rejeição institucional’, diz membro do CNMP retaliado pelo Senado
O Senado barrou a sua recondução ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para mais dois anos do promotor Lauro Machado Gomes. Parlamentares retaliaram o MP e alegam um "corporativismo" do Conselho Nacional do MP, que estaria demorando para aplicar sanções contra procuradores que cometem abusos. O principal alvo é Deltan Dallagnol
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247 - Após o Senado barrar a sua recondução ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para mais dois anos, o promotor Lauro Machado Gomes afirmou a colegas que o resultado marcou uma "rejeição institucional" do Ministério Público e um "recado" para os membros da instituição que julgam casos de forma independente.
Parlamentares retaliaram o MP e alegam um "corporativismo" do Conselho Nacional do MP, que estaria demorando para aplicar sanções contra procuradores que cometem abusos. O principal alvo é o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, atingido em cheio pelas irregularidades da operação que vêm sendo reveladas pelo site Intercept Brasil.
“É muito difícil combater o inimigo invisível e sórdido, que lhe vê apenas como instrumento de mensagem. Foi o que demonstraram os 36 senadores que votaram contra minha recondução”, disse Lauro, apontando que pela primeira vez houve uma “rejeição institucional”. Seus relatos foram publicados no jornal O Estado de S.Paulo.
“Um recado ao Ministério Público brasileiro de forma contundente de que aqueles que sejam independentes e julguem de acordo com o que entendem por justo são enquadrados de forma rigorosa pela régua da política. Acho que o significado desta rejeição vai muito além dos mandatos interrompidos. É preciso pensar, por meio de nossas lideranças, em como defender o MP brasileiro que está sob ataque e evitar a todo custo a instrumentalização do CNMP para interesses escusos e que visam atingir o cerne da nossa instituição”, acrescentou.
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