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Brasil

Fracassa greve da PM e Rio vive dia normal

No pegou; quando os policiais envolvidos na greve da segurana do rio quiseram comear a se aquartelar, foram recebidos com dureza nos quartis; mais de 100 indiciamentos por desobedincia foram abertos; 14 prises; tropas de elite foram para Volta Redonda e Campos suprir ausncias de patrulhamento; dia de sol, calmo e tranquilo no Rio de Janeiro

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247 – A greve dos setores de segurança pública do Rio – Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Agentes Penitenciários – começou com um show de bravatas na Cinelândia, na noite de ontem, e se concretizou num fiasco ao longo do dia de hoje. Para a população, sem dúvida foi melhor assim. Na Bahia, onde um movimento semelhante eclodiu dez dias atrás, os resultados diretos e indiretos já somam mais de 100 mortos por homicídios, saques e baderna generalizada. No Rio, foi diferente, como se viu nas horas seguintes à decisão da greve. A madrugada foi tranquila, sem registros de crimes de morte. Nas primeiras da manhã, a orientação da liderança da greve pelo aquartelamento do efetivo policial começou a se concretizar, porém foi diluída pela ação concentrada das comandos dos quartéis, que passaram a indiciar por desobediência e recusa ao trabalho os que não aceitavam as ordens de fazer a vigilância das ruas. Ao mesmo tempo, com base em investigações que, soube-se pelo Estado Maior, a PM já desenvolvia sobre os líderes da greve, a Justiça Militar expediu mandados de prisão para 14 policiais e bombeiros considerados como os principais organizadores da ação. No blog do ex-corregedor da PM Paul, por exemplo, um amigo postou que ele fora preso. Sem a adesão que esperavam contar – na assembleia da Cinelândia, o comparecimento de cerca de 2 mil pessoas de categorias que têm 70 mil trabalhadores já indicava que as categorias não estavam muito mobilizadas -, os líderes da greve concederam uma entrevista coletiva, no final da manhã. Em seguida, caminharam até a delegacia mais próxima para se entregarem. Havia, porém, mandados contra apenas dois deles.

Na ruas, o que se viu foi a presença discreta de viaturas da Polícia Militar em circulação. Na zona sul, os efetivos da Guarda Municipal foram nitidamente reforçados. Os bombeiros também cumpriram ordens de circular com suas caminhonetes com luzes piscando, dando sinal de estar em patrulha. Nas delegacias, o antendimento chegou a ser prejudicado em muitos endereços, mas a máquina da Polícia Civil não parou: apontado como auxiliar do traficante Nem, o homem conhecido como Da Empada foi preso ontem e exibido às câmeras da imprensa. Ele é acusado de ter matado um policial em 2008.

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A PM transmitiu informações ao longo de todo, mostrando com números que a greve não pegou. Houve, sim, um incidente em Volta Redonda, quando cerca de 50 soldados da PM se mostraram firmes em aderir à greve. Um batalhão do Bope foi mandado para lá, o que passou a revelar a estratégia da PM de suprir ausências com suas tropas de elite, incluindo a Tropa de Choque. Homens dessas guarnições também foram enviados a Campos, onde a adesão ao movimento ia adquirindo certa força.

O ex-governador Antony Garotinho foi um dos grandes derrotados do dia. A partir de uma conversa dele com o bombeiro preso Benevenuto Daciolo, acusado de articular atos de vandalismo em ligação com os PMs grevistas na Bahia, que foi gravada em investigações federais, Garotinho foi associado ao incitamento da greve. Ele nega. O certo, porém, é que será investigado, entre outros parlamentares, pela Procuradoria Geral da República. Localmente, a deputada estadual Janira Rocha, do Psol, que parecia apoiar a greve antes do seu início, já admite, até, ser cassada. “Por esses bandidos”, sentenciou, em referência a seus colegas parlamentares.

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A lei que eleva o piso, reajusta salários e concede benefícios para as categorias da segurança pública do Rio foi publicada nesta sexta no Diário Oficial, sancionada pelo governador Sergio Cabral. Os grevistas têm assembleia marcada para o domingo, que o movimento pode, oficialmente, terminar.

 

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