Fritura de Guedes é produto de sua oposição a Braga Netto no “encontro dos delinquentes de 22 de abril”, diz Miola
Para o colunista Jeferson Miola, o ministro Paulo Guedes já foi praticamente chutado da atual gestão. “O que nós estamos vendo é o desfecho de uma tensão que ficou evidente naquela assembleia da delinquência em 22 de abril, que teve como desfecho praticamente a ejeção do Paulo Guedes do governo”, avalia
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - O jornalista Jeferson Miola disse à TV 247 que a fritura do ministro da Economia, Paulo Guedes, no governo Jair Bolsonaro é o desfecho do desentendimento entre Guedes e o ministro da Casa Civil, general Braga Netto, na reunião ministerial do 22 de abril. Neste “encontro dos delinquentes”, Braga Netto defendia o programa de investimento público apelidado de “Pró-Brasil” e Guedes fazia forte oposição, afirmando que o programa significava “voltar uma agenda de trinta anos atrás”.
Para Miola, Guedes já foi praticamente chutado da atual gestão. “O interessante dos militares é que quando eles falam a gente tem que ter atenção, mas quando eles silenciam a gente tem que ter mais atenção ainda, e quando eles falam é sempre na linguagem cifrada, que é uma linguagem que deriva da formação militar que é de dissimular sua estratégia perante o inimigo. Eles transladam isso para o mundo da política e isso acaba ferindo frontalmente o que são os princípios democráticos republicanos da clareza, da transparência, o que faz um administrador público. O que nós estamos vendo hoje é o desfecho de uma tensão estabelecida que ficou evidente naquela assembleia da delinquência em 22 de abril, onde houve a confrontação do Braga Netto com o Paulo Guedes, e aquela tensão teve como desfecho praticamente a ejeção do Paulo Guedes do governo”.
Miola ressalta que agora, com Jair Bolsonaro se voltando a uma agenda econômica popular visando a reeleição de 2022, assim como indicava Braga Netto, a cúpula militar do governo se cala. “Esses militares não são do nacional desenvolvimentismo, mas eles têm uma visão de contenção de conflitos e, portanto, a inflexão que o Braga Netto disputava naquele encontro dos deliquentes de 22 de abril, ele visava exatamente isso, tensionar o governo para atender às necessidades estratégicas de contenção social. E o paradoxo é esse mesmo, nesse momento em que o desfecho político é no sentido da inflexão preconizadas com eles, eles não falam. Não tem uma voz militar denunciando posições de governo, a tensão está identificada em prepostos, no Marinho, no próprio Rodrigo Maia”.
Inscreva-se na TV 247 e assista à fala de Jeferson Miola:
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: