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Brasil

General que comanda Comissão da Anistia diz que vai rever indenizações

O general chamado de "melancia" por Bolsonaro, Luiz Eduardo Rocha Paiva, que comanda a Comissão de Anistia, disse que vai mudar os critérios para concessão de indenização das vítimas da ditadura militar

General Luiz Rocha Paiva e Jair Bolsonaro (Foto: Senado | Reuters)
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247 - Nomeado pelo governo Bolsonaro para comandar a Comissão de Anistia, o general da reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva, disse que a comissão criada em 2002 para reparar vítimas da Ditadura, vai mudar os seus critérios, afetando diretamente na política de reparação.

Sem apresentar provas, o general disse que há gente ganhando benefícios injustificados e é necessário fazer uma revisão nas indenizações concedidas para casos "baseados em fraudes, documentos, testemunhos ou histórias falsas".

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Desde a posse de Bolsonaro, o governo tem mudado os critérios da Comissão de Anistia, buscando transformar em uma comissão da vigança contra os perseguidos, desaparecidos e mortos políticos do regime militar, chegando a chamar os requerentes de indenizações de terroristas.

Em entrevista ao UOL, Paiva, que foi chamado por Bolsonaro de general "melancia" - jargão para se referir a militares simpatizantes da esquerda, em alusão à cor verde por fora (como nos uniformes) e vermelha por dentro - por criticado as declarações ofensivas contra governadores nordestinos, defendeu novos parâmetros para a concessão de indenizações.

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"Isso [pedido de indenização], em outros tempos na comissão, passava fácil. Se chegasse lá, e contasse uma história triste, passava fácil. Agora, no que diz respeito ao meu julgamento, eu vou votar contra", disse ele, afirmando que nem todos presos após AI-5, medida que acirrou o regime de exceção em 1964, merecem indenização.

Segundo o general, só deve receber indenização quem comprovar que foi atingido por um ato de exceção ou que tenha sofrido perseguição exclusivamente política.

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"Quem cumpriu alguma sentença com base em motivação que não foi exclusivamente política não tem direito. O AI-5 não apenou apenas por questões políticas, mas também por crimes como corrupção e má condutas diversas. E tem muita gente que diz que foi guerrilheira, mas não pegou em armas. Que história é essa? Ela foi da organização que matava, sequestrava, mutilava", afirma sem citar quem seria "ela".

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