Gilmar: juiz não pode ser chefe de força-tarefa
Durante sessão da Segunda Turma do STF, o ministro Gilmar Mendes criticou a decisão da Corte de aceitar denúncias baseadas apenas em acordos de delação premiada; ele também voltou a comentar sobre o escândalo da VazaJato: "Juiz não pode ser chefe de força-tarefa", disse
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247 - Durante sessão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que julgou casos de integrantes do PP que pode tornar réus quatro políticos do partido, o ministro Gilmar Mendes voltou a falar sobre o caso do vazamento de conversas entre o então juiz Sérgio Moro e os procuradores da Ministério Público Federal de Curitiba.
Ao criticar o recebimento de denúncias baseadas apenas em acordos de delação premiada, o ministro lançou críticas diretas à Lava Jato.
"O escrutínio dessa Corte nesta fase há de ser mais severo. Não se pode receber a denúncia para depois já dizer, como dizemos aqui, que as provas eram insuficientes. [...] A não ser que haja tribunais destinados a condenar, como vimos nesse modelo em que juiz chefia procurador", disse o ministro. E completou: "Mas não é o caso desta Corte. Juiz não pode ser chefe de força-tarefa."
Ao falar sobre o caso dos líderes do PP, Gilmar criticou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que foi acatada pela maioria da turma. Ao se posicionar contra a denúncia, Gilmar citou a ação contra a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), que virou ré, mas depois foi inocentada.
"Recebeu-se a denúncia (contra Gleisi) e se viu que as provas eram as mesmas e que eram imprestáveis para condenação", lembrou Gilmar.
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