CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Brasil

Gilmar Mendes denunciou crise real que resultou em 74 mil mortos, afirma jurista

Para o jurista Marco Aurélio Carvalho, do Grupo Prerrogativas, “não houve qualquer desrespeito às Forças Armadas em sua fala”, pois “é fato notório que o posto de ministro da Saúde está vago"

(Foto: Brasil247 | ABr)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - O jurista Marco Aurélio Carvalho, do Grupo Prerrogativas, defendeu a declaração do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que afirmou que os militares estavam se alinhando com o genocídio causado pelo governo de Jair Bolsonaro com a pandemia do coronavírus ao se manterem no controle do Ministério da Saúde.

“O ministro Gilmar Mendes falou de uma crise real, umas das maiores já atravessadas pelo Brasil, e que resultou até agora em quase 75 mil mortos”, afirmou o jurista. O Brasil registra atualmente 74.133 mortes por Covid-19, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Para Carvalho, “não houve qualquer desrespeito às Forças Armadas em sua fala”, pois “é fato notório que o posto de ministro da Saúde está vago, ocupado interinamente por um militar sem formação em ciências médicas”. 

Para ele, os ataques dos militares ao ministro do STF “é a repetição de tática conhecida”, que consiste na tentativa de “criar uma crise artificial, uma distração, como se fosse possível esconder o retumbante fracasso do governo no combate à Covid-19”. “Esse é o grande desrespeito. Pode ser medido pelo número de vidas perdidas”, concluiu.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Militares reagem a declarações de Gilmar Mendes

Gilmar Mendes afirmou em live transmitida pela TV 247 no sábado, 11, que  “o Exército está se associando a esse genocídio” causado pela ingerência do governo de Jair Bolsonaro contra pandemia e a ocupação militar do Ministério da Saúde, em secretarias e na chefia do órgão. Ele reforçou a crítica no domingo, 12, após um tweet pedindo que a presença dos militares seja revista

“Não me furto (...) a criticar a opção de ocupar o Ministério da Saúde predominantemente com militares. A política pública de saúde deve ser pensada e planejada por especialistas, dentro dos marcos constitucionais. Que isso seja revisto, para o bem das FAs e da saúde do Brasil”.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Em reação, os ministros militares divulgaram no início da tarde de segunda-feira, 13, uma nota de repúdio contra Gilmar Mendes. Assinam a nota o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e os comandantes das três Forças, Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antonio Carlos Moretti (Aeronáutica). Uma outra já havia sido publicada no fim de semana.

Além da nota, a cúpula militar anunciou que está entrando com uma representação contra o ministro do STF na Procuradoria Geral da República (PGR).

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Aumenta a pressão pela saída do general Pazuello do Ministério da Saúde

As críticas do ministro Gilmar Mendes ao comando dos militares no Ministério da Saúde aumentaram a resistência de setores das Forças Armadas à presença do ministro e general Eduardo Pazuello no comando da pasta, de acordo com Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.

O artigo informa que “no Exército, a impaciência é geral”. “Um dos militares que integram a cúpula da organização afirmou à coluna que Pazuello já deveria ter se retirado da ativa e que está ‘forçando a barra’ ao permanecer”, ressaltou.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Segundo matéria publicada no jornal O Globo, Jair Bolsonaro está sendo pressionado por setores dos militares e pelo centrão a escolher o sucessor do atual ministro da Saúde interino, general Eduardo Pazuello.

A reportagem lembra que já havia um desentendimento dos parlamentares com Pazuello, por conta de portaria distribuindo verba para combater o coronavírus para municípios no início deste mês. Para eles, os repasses não atenderam as indicações prometidas pelo governo federal.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO