Gilmar Mendes diz que Bolsonaro mantém 'bicefalia' como se presidente e cidadão fossem diferentes
"São atitudes incompatíveis. Não podemos ter essa 'bicefalia', como se a gente dissesse 'não, agora é o cidadão e não o presidente'. Presidente e cidadão estão confundidos; não podem ser distinguidos, como se quer fazer", afirmou Gilmar Mendes sobre comduta de Jair Bolsoanro diante da pandemia.
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247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou que Jair Bolsonaro vive uma "bicefalia" ao se colocar em uma posição na qual se comporta diferentemente como chefe de Estado e como cidadão ao tratar do isolamento social.
"O presidente — vamos chamar assim, na pessoa natural, física —, por palavras e também por gestos, acabava por sinalizar no outro sentido", disse Gilmar, em um debate promovido pelo site UO, nesta quarta (22), mediado pelo colunista Reinaldo Azevedo. "É preciso que, em uma concordância prática, tenhamos a proteção à saúde e a proteção à economia", acrescentou.
"Os gestos e as condutas do presidente neste contexto levaram a essa visão e é claro. Nós falamos pelos nossos atos. Mas nós falamos também — especialmente líderes, como é o caso do presidente — pelos nossos gestos, pelas nossas condutas. O cidadão comum, ele fica perplexo diante desse tipo de atitude", acrescentou o ministro do STF.
Gilmar Mendes enfatiza que "a sanidade do sistema de saúde" está em jogo nesses discurso contraditório do governo.
"São atitudes incompatíveis. Não podemos ter essa 'bicefalia', como se a gente dissesse 'não, agora é o cidadão e não o presidente'. Presidente e cidadão estão confundidos; não podem ser distinguidos, como se quer fazer", acrescentou.
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