Gilmar: 'mensalão deveria ir para pequenas causas'
Ministro do STF afirmou que os valores movimentados nos casos de desvios e corrupção a Petrobras investigados pela Operação Lava Jato são tão elevados que quando comparados aos registrados na Ação Penal 470 esta última "deveria ser julgada em juizado de pequenas causas"; ele também criticou o posicionamento do PT em relação ao veto do financiamento privado em campanhas eleitorais; "O partido do Governo está virando Madre Teresa de Calcutá. Antes, parte dos recursos da Petrobras o financiou. Agora, quer financiamento público, contribuição do cidadão mais pobre"
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247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes afirmou que os valores movimentados no esquema que resultou na Ação penal 470, o chamado escândalo do mensalão, são extremamente pequenos quando comparados aos registrados nos casos de desvios e corrupção na Petrobras investigados pela Operação Lava Jato. Segundo ele, pelos números do escândalo na Petrobrás, o Mensalão teria que ser julgado em juizado de pequenas causas'. Afirmação do ministro foi feita durante um seminário sobre o combate à corrupção no Brasil, realizado em Cuiabá.
Como exemplo, ele citou que somente 'um ex-diretor da Petrobras devolveu US$ 100 milhões'. A referência recai diretamente sobre o ex-diretor de Serviços da companhia Pedro Barusco. Barusco firmou um acordo de delação premiada com a Justiça e devolveu de forma espontânea a quantia que teria recebido por meio de propinas. "É quase o valor do Mensalão", destacou Mendes.
Segundo dados da Operação Lava Jato, o esquema de desvios e corrupção na Petrobras chega a cerca de R$ 20 bilhões. Gilmar Mendes também aproveitou a ocasião para criticar o posicionamento do PT em relação ao veto do financiamento privado em campanhas eleitorais.
"O partido do Governo está virando Madre Teresa de Calcutá. Antes, parte dos recursos da Petrobras o financiou. Agora, quer financiamento público, contribuição do cidadão mais pobre", disparou.
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