Governador diz que não havia “santo” entre os mortos em presídio
O governador do Amazonas, José Melo, deu uma declaração desastrosa na manhã desta quarta-feira; ele afirmou que "não tinha nenhum santo" entre os 56 presos mortos durante rebelião no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), em Manaus; "Não tinha nenhum santo. Eram estupradores, matadores e pessoas ligadas a outra facção, que é minoria aqui no Estado do Amazonas. Ontem, como medida de segurança, nós retiramos todos [os ameaçados] quem ainda restavam e segregamos a outro presídio para evitar que continuasse acontecendo o pior"; papa Francisco condenou o massacre de Manaus e fez um apelo para que presos sejam tratados com dignidade no Brasil – muitos dos mortos foram decapitados
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247 - O governador do Amazonas, José Melo (Pros), deu uma declaração desastrosa na manhã desta quarta-feira. Ele afirmou que não tinha nenhum santo" entre os 56 presos mortos durante rebelião no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), em Manaus.
"Não tinha nenhum santo. Eram estupradores, matadores e pessoas ligadas a outra facção, que é minoria aqui no Estado do Amazonas. Ontem, como medida de segurança, nós retiramos todos [os ameaçados] quem ainda restavam e segregamos a outro presídio para evitar que continuasse acontecendo o pior", afirmou o governador à rádio CBN.
José Melto disse que a atual situação do sistema carcerário é culpa do tráfico de drogas. "A superlotação é um problema comum a todos os Estados. Os recursos para a construção de novas prisões não foram na mesma velocidade que as secretarias de segurança agiram prendendo as pessoas. Então resultou nessa situação".
"No caso do Amazonas, esse caso é mais grave, já que em dois anos de governo, nós já apreendemos 21 toneladas de drogas, o que representa o quantitativo apreendido por todos os outros governos que me antecederam, e praticamente dobramos a população carcerária com prisões voltadas sobretudo para essa questão de tráfico de drogas".
O papa Francisco condenou o massacre de Manaus (leia aqui) e fez um apelo para que presos sejam tratados com dignidade no Brasil – muitos dos mortos foram decapitados.
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