Grampo revela que Gilmar não pode julgar Aécio
Reportagem do Brasil de Fato questiona a isenção de Gilmar Mendes em julgar processos do senador Aécio Neves, dada a relação de amizade entre eles, explicitada num diálogo grampeado legalmente pela PF em 2017; para o professor da PUC/SP Álvaro de Azevedo é preciso esclarecer se a conversa foi "de amizade ou de política"; "Sendo de amizade, aplica o [artigo] 254, inciso 1º. Sendo de política, a gente então precisa discutir a própria estrutura e estratégia do STF", diz
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247 - Reportagem de Leonardo Fernandes, no Brasil de Fato questiona a isenção de Gilmar Mendes em julgar processos do senador Aécio Neves, dada a relação de amizade entre eles, explicitada num diálogo grampeado legalmente pela Polícia Federal em maio de 2017:
"- Você sabe, um telefonema que você poderia dar que me ajudaria na condução lá. Não sei como é sua relação com ele, mas ponderando. Enfim, ao final dizendo que me acompanhe lá, que era importante. Era o Flexa, viu? - diz Aécio.
- O Flexa. Tá bom, eu falo com ele - responde Gilmar".
Para o professor Álvaro de Azevedo Gonzaga, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), especialista em filosofia do direito "essa conversa do Aécio com o Gilmar Mendes foi uma conversa de amizade ou de política. Sendo de amizade, aplica o [artigo] 254, inciso 1º. Sendo de política, a gente então precisa discutir a própria estrutura e estratégia do STF. O STF é um órgão político ou jurídico? Porque se o STF for um órgão político, aí não há problema, ele se assume como tal. Agora se ele se declara como um órgão jurídico, há problema".
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