GSI diz que 'notória violência' no Rio justifica parentes de Bolsonaro em helicóptero presidencial

247 - Para justificar o uso de helicópteros da Presidência da República para transportar parentes de Jair Bolsonaro para o casamento do filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), em maio, o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional, se pendurou no que chama de "notória violência urbana que assola o Rio de Janeiro".

Na justificativa apresentada num requerimento de informação feito pelo deputado federal Marcelo Calero (Cidadania), o ministro Augusto Heleno nega que tenha havido improbidade administrativa no transporte. Na aeronave principal, Bolsonaro viajou ao lado do filho Jair Renan Bolsonaro. Em outra, oito convidados embarcaram, entre eles, um sobrinho identificado como Osvaldo Campos, que fez uma transmissão no Facebook , e o deputado Hélio Lopes (PSL-RJ), conhecido por acompanhar Bolsonaro em todos os eventos públicos.

"O Coordenador de Segurança de Área julgou pertinente que houvesse o deslocamento aéreo, em parte do trajeto, em virtude da notória violência urbana que assola o Rio de Janeiro", diz o texto.

O GSI diz que não houve "alocação de recursos adicionais" no transporte dos familiares do presidente para um evento que não era oficial, porque foram disponibilizados dois helicópteros para o caso de um deles falhar.

O deputado questionou ainda por que os parentes não usaram um automóvel e se isso não seria mais barato. O GSI alega que não.

"O eventual deslocamento dos mesmos em comboio terrestre, além de aumentar consideravelmente o nível de risco, aumentaria os custos da manobra, haja vista que também é encargo deste GSI prover a segurança dos familiares do Senhor Presidente da República".