Interferências de Bolsonaro na PF geram dúvidas em investigações contra Witzel, diz ONG
A ONG Transparência Brasil, entretanto, ressaltou que "todo e qualquer indício de desvio de recursos, especialmente durante a Covid-19, deve ser investigado e os responsáveis devidamente punidos"



247 - A ONG Transparência Brasil disse que a possível interferência de Jair Bolsonaro na PF pode ter dado um caráter político às investigações contra o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. “Os indícios de que o presidente quer utilizar a PF contra opositores e as declarações da deputada (federal) Carla Zambelli (PSL-SP), antecipando a realização da Operação Placebo, aumentam a preocupação de que a operação também possa ter como objetivo atacar o governador Wilson Witzel”.
A ONG, entretanto, ressaltou que "todo e qualquer indício de desvio de recursos, especialmente durante a Covid-19, deve ser investigado e os responsáveis devidamente punidos".
O governador foi alvo, na manhã desta terça-feira, 26, da Operação Placebo, que apreendeu celulares e computadores no Palácio Laranjeiras. Segundo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves havia risco de destruição de provas.
Confira a nota completa da Transparência Internacional Brasil:
Hoje testemunhamos uma das mais graves consequências das interferências do Presidente Jair Bolsonaro Polícia Federal: a dúvida que se gerou na sociedade sobre o que são investigações legítimas contra a corrupção e o que são esforços de perseguição contra inimigos políticos.
Todo e qualquer indício de desvio de recursos, especialmente durante a covid-19, deve ser investigado e os responsáveis devidamente punidos. As investigações sobre irregularidades na Secretaria de Saúde do Rio já levantaram evidências preocupantes de irregularidades.
Os indícios de que o presidente quer utilizar a PF contra opositores e as declarações da deputada Carla Zambelli, antecipando a realização da Operação Placebo, no entanto, aumentam a preocupação de que a operação também possa ter como objetivo atacar o governador Wilson Witzel.
A autonomia dos órgãos de controle da corrupção é essencial para fortalecer a confiança da população e garantir sua capacidade de atuação, independente de interferências políticas para proteger aliados ou perseguir adversários.
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