Jamil Chade: Trump sacrifica Brasil para atingir seus objetivos
Segundo o correspondente em Genebra, observadores acreditam que o problema não seja exatamente o Brasil. "Mas sim a própria expansão da OCDE. A Casa Branca não quer essa ampliação e, de forma consciente, sugeriu na carta a entrada de apenas um europeu. Isso tudo sabendo que a UE não aceitaria a proposta", diz ele
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247 - O jornalista Jamil Chade, corresondente do UOL em Generba, avaliou nesta quinta-feira, 10, que a decisão do governo dos EUA de não endossar um calendário para a entrada do Brasil na OCDE escancara a dimensão de amadorismo do governo de Jair Bolsonaro.
"Nos bastidores, os americanos continuam dizendo aos brasileiros que a candidatura do País é apoiada por eles. Mas a realidade em Paris é diferente. Não há nem prazo e nem plano", escreve Chade.
Segundo o correspondente, observadores acreditam que o problema não seja exatamente o Brasil. "Mas sim a própria expansão da OCDE. A Casa Branca não quer essa ampliação e, de forma consciente, sugeriu na carta a entrada de apenas um europeu. Isso tudo sabendo que a UE não aceitaria a proposta", diz ele.
"Quem perde, por enquanto, é a gestão de Ernesto Araújo, fervorosos defensor de um alinhamento automático com os EUA. Enquanto isso, na OMC, o Brasil abriu mão de ser tratado como país em desenvolvimento em futuros acordos. Isso já teve consequências. Um diplomata brasileiro que iria presidir as negociações sobre os subsídios à pesca teve seu nome vetado pela Índia. Motivo: a aproximação excessiva do Brasil aos EUA", acrescenta.
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