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Jaques Wagner ao 247: "Salvador está em festa"

Numa de suas primeiras entrevistas aps a greve da PM, governador diz que a capital baiana est segura e com suas praias e seus hotis lotados; ele tambm revela o que motivou suas decises nos momentos mais tensos da crise

Jaques Wagner ao 247: "Salvador está em festa" (Foto: GILDO LIMA/AGÊNCIA ESTADO)
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Leonardo Attuch _247 – De hoje até a próxima quarta-feira, a cidade de Salvador será uma das capitais do planeta. Com um Carnaval que atrai milhões de pessoas do mundo inteiro, a cidade foi duramente ferida por uma greve de policiais, que disseminou pânico e medo entre a população, ameaçando um dos principais acontecimentos da economia baiana. Do Palácio da Ondina, sede do governo, Jaques Wagner comandou a estratégia de guerra. Negociou a chegada de milhares de homens da Força de Segurança Nacional e, pacientemente, asfixiou a greve, que terminou com a prisão de algumas de suas principais lideranças. “As reivindicações salariais sempre podem ser consideradas justas, mas o Estado não pode ceder a quem pretende negociar de arma na mão”, disse Wagner ao 247. “Foi uma tentativa de humilhar e solapar a democracia”.

Wagner garante que o prejuízo econômico foi relativamente pequeno. “Os voos chegam lotados, as praias estão cheias e praticamente não há vagas nos hotéis”, disse ele. “Salvador está em festa”. Leia, abaixo, a entrevista que ele concedeu ao 247 e também o artigo "Bandidos fardados", sobre a crise na Bahia:

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247 – Depois de tanta tensão, Salvador está segura?

Jaques Wagner – Mais do que segura, a cidade está em festa. Os voos chegam lotados, as praias estão cheias e os hotéis também. E o povo, que é sempre muito hospitaleiro, está feliz com a solução para a greve.

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247 – Antes de ser governador, o senhor foi sindicalista. As reivindicações eram justas?

Wagner – Todas as pretensões salariais podem ser consideradas justas e legítimas. E a minha formação política, como sindicalista, se deu numa mesa de negociação. Mas o Estado nunca pode se dobrar e negociar com quem se apresenta de arma na mão. Neste processo, nós nunca quisemos humilhar ninguém. Mas também não se humilha a democracia.

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247 – Mas a greve durou muito tempo e o senhor foi bastante criticado por isso.

Wagner – A ação mais rápida nem sempre é a mais eficiente. Não podíamos correr o risco de ter em Salvador um novo Carandiru ou um novo Eldorado dos Carajás. Não se derramou uma gota de sangue, a não ser a que foi derramada pelos policiais.

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247 – Mas, no Rio de Janeiro, a solução foi bem mais rápida.

Wagner – Em grande medida, em função do trabalho de inteligência feito por nós, na Bahia. Quando um dos líderes do movimento desembarcou no aeroporto do Galeão, procedente de Salvador, tinha uma ordem de prisão o esperando. Trabalhamos em sintonia com o governo federal e o governo do Rio de Janeiro porque o que começou aqui na Bahia podia se transformar num movimento nacional. E que tinha propósitos políticos.

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247 – O senhor se arrepende de alguma das decisões tomadas?

Wagner – Fizemos o que deveria ser feito. Não cedemos a quem tentou solapar a democracia e também não promovemos um massacre. De certa forma, o trabalho que se fez aqui na Bahia, com o apoio da presidente Dilma, ajudou a esvaziar esse movimento grevista em todo o Brasil.

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