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Brasil

Jean Wyllys : Feliciano é o porta-voz do retrocesso

Deputado do PSOL-RJ  é um dos articuladores do grupo de oposição  à presença do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara; em entrevista ao blog de Roldão Arruda, ele também fala do avanço dos neopentecostais na política: "um grupo que ganhou força por causa da obsessão de Serra (PSDB) pela Presidência e pela traição do PT às suas bandeiras históricas"

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247 – Um dos principais opositores à presença do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) faz uma análise mais abrangente da questão do fundamentalismo político no Congresso. Em entrevista ao blog de Roldão Arruda, ele fala do avanço dos neopentecostais na política, "um grupo político que ganhou força e se tornou mais ousado por causa da obsessão de José Serra (PSDB) pela Presidência da República e pela traição do PT às suas bandeiras históricas", segundo ele.

Leia trechos da entrevista publicada por Roldão Arruda:

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Marco Feliciano

Enquanto puder dizer que a oposição ao fato de ter sido eleito para a presidência da comissão vem da comunidade LGBT, ele ganha apoio da sociedade. Os homossexuais constituem um grupo odiado e, quando é criticado por eles, o Feliciano se apresenta como vítima, faz apelos populistas à liberdade de expressão, recorre a falácias, como a da cristofobia – neologismo que inventou. Com isso oculta o problema real: o fato de ser racista e homofóbico, de explorar comercialmente a fé de gente pobre, de ser o porta-voz do retrocesso em termos de direitos civis e liberdades individuais. Ele tenta confundir a oposição a ele como oposição aos cristãos.

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Neopentecostais no Congresso

Os neopentecostais tomaram a Comissão de Direitos Humanos com o propósito de varrer dela a temática da diversidade sexual em todos os seus aspectos, nas políticas educacionais, nas políticas de saúde, nas políticas de segurança. Também querem tratar a questão indígena e quilombola apenas na perspectiva do missionário, da conversão.

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Em primeiro lugar [atribuo o crescimento do movimento] ao José Serra e a seu partido, o PSDB. Eles tiveram um papel crucial nesse processo, por causa do rumo que deram à campanha presidencial de 2010. Movido pela sua obsessão pelo cargo de presidente, Serra negou a própria biografia e endossou uma campanha difamatória contra a Dilma, envolvendo o aborto. Com isso, a discussão política foi rebaixada e a eleição foi para o segundo turno.

PT

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A ânsia do PT pelo poder não é menor que a de Serra. Por causa disso, o partido não pensou duas vezes em abrir mão de sua história e aderir ao discurso proposto pelo PSDB, escrevendo aquela carta à população brasileira, na qual Dilma recuava diante de todas essas questões sobre as quais estamos falando aqui, questões históricas do partido, trazidas pelos movimentos sociais. Eu lamento que a coisa tenha chegado a esse ponto. Lamento que a gestão da Dilma seja conservadora, que tenha recuado em relação ao governo Lula. Lamento que o PT faça uma gestão esquizofrênica, em que monta um discurso para os movimentos sociais que ainda querem crer que o partido representa uma mudança, e outro discurso para o mercado financeiro, os grandes empresários, as empreiteiras.

 

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