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Joesley nega orientação de Miller e tenta minimizar citação a ministros

Em depoimento nesta quinta-feira (07), à Procuradoria Geral da República, o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, negou ter recebido orientação do ex-procurador Marcelo Miller sobre um possível acordo de delação ou para gravar conversa com Michel Temer; segundo o empresário, Muller conversou "em linhas gerais" com ele sobre o processo de delação e Joesley disse que acreditava que Muller não era mais funcionário da PGR; o empresário também minimizou as citações aos ministros do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Riicardo Lewandowski e negou ter informações comprometedoras sobre os três magistrados da Suprema Corte

Em depoimento nesta quinta-feira (07), à Procuradoria Geral da República, o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, negou ter recebido orientação do ex-procurador Marcelo Miller sobre um possível acordo de delação ou para gravar conversa com Michel Temer; segundo o empresário, Muller conversou "em linhas gerais" com ele sobre o processo de delação e Joesley disse que acreditava que Muller não era mais funcionário da PGR; o empresário também minimizou as citações aos ministros do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Riicardo Lewandowski e negou ter informações comprometedoras sobre os três magistrados da Suprema Corte (Foto: Aquiles Lins)
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247 - Em depoimento à Procuradoria-Geral da República nesta quinta (07), o empresário Joesley Batista, dono da JBS, afirmou não ter recebido orientações do ex-procurador Marcello Miller para negociar um acordo de delação premiada. Joesley também negou ter sido orientado a gravar Michel Temer no Palácio do Jaburu, em 7 de março de 2017.

Também prestaram depoimentos o diretor-geral da JBS, Ricardo Saud, e o advogado da empresa, Francisco de Assis e Silva. O trio foi convocado a depor por conta do áudio, datado de 17 de março, entregue por Joesley à PGR, no qual o dono da JBS e Saud indicam que Marcello Miller teria atuado para ajudá-los no processo de delação quando ainda era procurador. 

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Por causa dessa gravação, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, anunciou abertura de investigação para apurar omissão de informações e revisar os benefícios concedidos aos três delatores, incluindo a imunidade penal. Segundo a PGR, se confirmada a omissão de informações, há claro descumprimento de um dos tópicos do acordo de delação firmado entre a PGR e a empresa. Janot deve anunciar sua posição sobre a revisão do acordo já nesta sexta-feira (08).

No depoimento, Joesley disse ter sido apresentado a Miller por uma advogada da JBS porque procurava alguém para a área de anticorrupção da empresa. Os delatores argumentaram que consultaram Miller sobre linhas gerais sobre o processo de delação e acreditavam que ele já não era mais procurador federal.

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No áudio, Joesley e Saud citam três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF): a presidente da corte, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. O trio alega ter feito considerações genéricas sobre os juízes da Suprema Corte, mas negam ter informações comprometedoras sobre os magistrados. Em nota, já haviam pedido "desculpas" pelas declarações feitas na gravação.

Janot ja disse que pretende rever a imunidade concedida aos delatores. Ele quer acelerar a mudança porque seu mandato no comando da PGR termina no próximo dia 17. 

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Leia abaixo reportagem anterior do 247 sobre o assunto
Em depoimento nesta quinta-feira, 7, à Procuradoria Geral da República, o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, deverá afirmar que não recebeu orientação do ex-procurador Marcelo Miller para gravar conversa com Michel Temer ou qualquer outra autoridade investigada numa das frentes da Operação Lava-Jato. A informação é jornal O Globo

A informação do empresário é considerada relevante, principalmente para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, porque, se confirmada, afastaria a hipótese de que a gravação de uma conversa entre ele e o presidente Michel Temer na noite de 7 de março no Palácio do Jaburu foi um flagrante previamente preparado com ajuda de um agente público.

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O empresário e mais dois delatores da JBS, Ricardo Saud e Francisco de Assis, prestam depoimento a subprocuradora-geral da República Cláudia Marques na manhã desta quinta-feira. A subprocuradora está à frente do processo de revisão da delação dos três delatores.

Batista deverá dizer ainda no depoimento que não recebeu informação privilegiada ou qualquer benefício de Miller ao longo das negociações que resultaram nos acordos de delação premiada dele e de mais seis executivos do grupo J & F, controladora da JBS. 

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A tendência da Procuradoria-Geral da República (PGR) é suspender a imunidade penal de Joesley Batista e do executivo Ricardo Saud, segundo duas fontes que acompanham o caso de perto. A anulação de parte do acordo pode ser feita porque o áudio entregue à PGR na semana passada pelos próprios delatores revela fatos que não haviam sido mencionados antes, como a colaboração de Miller. O acordo de delação veda omissões.

A imunidade penal é o maior benefício previsto no acordo de delação dos executivos da JBS. Sem proteção, os dois poderão ser processados e punidos inclusive com prisão.

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai levar o caso para discussão no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao menos seis dos 11 ministros da Corte, a maioria, são contrários à anulação de todas as provas e indícios apresentados pelos executivos da JBS em delação premiada.

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