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Brasil

Juiz que rejeitou denúncia contra Lula diz que é preciso pôr a Lava Jato nos trilhos

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o juiz Ali Mazloum afirma que há consórcio entre procuradores e magistrados e diz que há abuso na utilização de delações

Juiz Federal em São Paulo, Ali Mazloum  (Foto: Roberta Namour)
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247 - O juiz Ali Mazloum concedeu entrevista ao jornalista Wálter Nunes da Folha de S.Paulo com críticas à Operação Lava Jato. Na semana passada, ele rejeitou uma denúncia feita pela força-tarefa da Lava Jato paulista contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Na denúncia os  procuradores afirmaram que a Odebrecht pagou uma mesada ao irmão mais velho do petista, José Ferreira da Silva, o Frei Chico, em troca de evitar decisões de Lula que pudessem ser desfavoráveis à Braskem, empresa petrolífera do grupo baiano. 

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O juiz considerou que o Ministério Público Federal se baseou em "interpretações e um amontoado de suposições" e que as delações usadas para incriminar Lula estavam desacompanhadas de provas.   

"Eu conheço o método do Ministério Público, como eles agem. É pacote completo", diz. "Aí eles vão te acusar de crime, acusar de processo administrativo, vão te acusar de improbidade, tudo isso. E eu em todas as instâncias ganhei."  

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Em 2016, Mazloum escreveu o livro "Reserva de Jurisdição - Os Limites do Juiz na Investigação Criminal", publicado pela editora Matrix, em que discute o uso das delações premiadas, interceptações telefônicas e quebra de sigilos bancário e fiscal, tão em pauta por conta da Lava Jato —que, segundo ele, está repleta de abusos.  

"Quem tem que colocar a Lava Jato nos trilhos da lei, nos trilhos da Constituição, nos trilhos da Justiça é o Poder Judiciário", diz o magistrado. "Talvez não este atual. Eu acho que este Poder Judiciário atual deixa muito a desejar."  

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Mazloum acha que há exagero no uso das delações premiadas. "Acredito que muitos operadores do direito, muitas pessoas do setor da imprensa, tomam a delação como se elas fossem a prova. E a delação premiada, a colaboração de um corréu, de alguém que praticou um crime também, na verdade é um meio de prova. Não é a prova".  

Leia a íntegra da entrevista

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