Juízes brasileiros criticam retaliação a membros do Judiciário turco
Presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), João Ricardo Costa, afirmou que vai acionar a Organização das Nações Unidas (ONU) em defesa dos membros do Judiciário turco, que teve 2.745 juízes presos ou expulsos dos cargos, após a tentativa fracassada de golpe, na última sexta (15); "A União Internacional de Magistrados (UIM) observa que o número de juízes e promotores envolvidos na retaliação, a extrema rapidez com a qual essa lista de magistrados foi estabelecida e a ausência de evidência específica de que eles participaram da tentativa de golpe confirmam a falta de respeito da Turquia com regras democráticas elementares", afirmou
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Jornal GGN - Juízes brasileiros se uniram a magistrados de todo o mundo para criticar a retaliação do governo turco com membros do Judiciário. Ao todo, foram 2.745 juízes presos ou expulsos dos cargos, após a tentativa fracassada de golpe, na última sexta (15).
Além de uma petição online criada por entidades da magistratura de todo o mundo exigindo a libertação dos juízes, o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), João Ricardo Costa, afirmou que vai acionar a Organização das Nações Unidas (ONU) em defesa dos membros do Judiciário turco.
João Ricardo afirmou que condena a tentativa de golpe na Turquia, mas também não concorda com a retaliação do governo do país contra os juízes.
"A União Internacional de Magistrados (UIM) observa que o número de juízes e promotores envolvidos na retaliação, a extrema rapidez com a qual essa lista de magistrados foi estabelecida e a ausência de evidência específica de que eles participaram da tentativa de golpe confirmam a falta de respeito da Turquia com regras democráticas elementares", afirmou, em nota.
Por isso, a AMB decidiu encaminhar um requerimento à ONU pedindo a "efetiva garantia de independência judicial, a preservação da vida e do respeito ao Estado de Direito desses cidadãos".
Dos quase 3 mil magistrados, dois são do Tribunal Constitucional, o equivalente ao Supremo Tribunal Federal aqui no Brasil, e outros 10 são membros do Conselho Superior da Magistratura.
"Qualquer sinal de repressão judicial pode dificultar ainda mais as negociações entre o governo turco e a União Europeia", completou o presidente da AMB, na nota oficial.
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