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Lava Jato escorrega ladeira abaixo

De acordo com pesquisa Ipsos, o percentual dos brasileiros que concordam com a ideia de que todos os partidos políticos estão sendo investigados pela Lava Jato despenca sem parar: são apenas 46%; em fevereiro passado, pela primeira vez, havia fica abaixo dos 50% e cravou 49% -eram 74% em julho de 2017; Sérgio Moro tem mais desaprovação (48%) do que aprovação (41%) 

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247 - A Operação Lava-Jato vem sofrendo desgaste  cada vez maior junto à população. De acordo com pesquisa Ipsos, o percentual dos brasileiros que concordam com a ideia de que todos os partidos políticos estão sendo investigados pela Lava Jato despenca sem parar: são apenas 46%; em fevereiro passado, pela primeira vez, havia fica abaixo dos 50% e cravou 49% -eram 74% em julho de 2017. Sérgio Moro tem mais desaprovação (48%) do que aprovação (41%) -ele deixo de ser aprovado pela maioria da população em novembro de 2017 e só vê crescer sua rejeição. A ideia de que as investigações devem continuar até o fim "mesmo que isso traga instabilidade política ao país" já foi quase uma unanimidade entre os brasileiros, ao atingir 95% da população em junho de 2017. Atualmente, a porcentagem chega a 80%, a mais baixa já apurada.

Segundo o levantamento, feito entre os dias 1º e 11 de agosto com 1,2 mil entrevistas em 172 municípios do Brasil, se a consequência da operação for mais  instabilidade econômica, o apoio à operação é de 76%. Outro dado demonstra o quanto a Lava Jato vem perdendo apoio da sociedade: no meio do ano passado, oito de cada dez brasileiros achavam que a operação contribuía para "transformar o Brasil em um país sério". Agora a proporção é de seis para cada dez. Há mais de um ano, 86% dos brasileiros acreditavam que a Lava-Jato ajudaria a "fortalecer a democracia no Brasil". O percentual caiu para 69% atualmente.

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O diretor da Ipsos, Danilo Cersosimo, levanta duas hipóteses para a diminuição do apoio à Lava-Jato nos últimos meses. "Pode ter diminuído pela ausência de novos fatos após a prisão do presidente Lula [em abril deste ano] ou pela disputa de espaço na mídia com a pauta eleitoral", diz ele ao Valor Econômico. O dirigente afirma, ainda, que o engajamento da população junto à operação "já não é mais o mesmo".

A pesquisa também apurou que 63% afirmam que não votariam em candidato à presidência da República envolvido em denúncia da operação. Outros 23% votariam, 14% não souberam responder.

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Além das citações do diretor, o fato de vários políticos estarem envolvidos em corrupção influencia nos resultados da pesquisa. O descrédito na política por causa das mais variadas denúncias e condenações faz com que a corrupção não seja um fator determinante para a escolha de candidatos por parte dos eleitores.

O que também fica cada vez mais evidente é a seletividade judicial, especialmente no processo envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado sem provas. De acordo com a acusação, ele receberia um apartamento reformado da OAS como propina. Mas, ao apresentar a denúncia, o procurador Henrique Pozzobon admitiu que não havia "prova cabal" de que Lula seria o proprietário do imóvel. Outro detalhe é que, em janeiro deste ano (2018), a Justiça do Distrito Federal determinou a penhora dos bens a construtora, dentre ele justamente o triplex que a Lava Jato dizia ser de Lula.

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O fato é que uma operação contra a corrupção ter menos apoio da opinião pública sinaliza alguns conflitos entre a Lava Jato e a democracia como, por exemplo, ordem de prisão emitida sem o esgotamento de todos os recursos judiciais, como foi o caso de Lula, e sem condenações de membros do PSDB. 

A pesquisa tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. 

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