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Brasil

Líder do governo transforma Comissão da Câmara que discute Covid em palco de negacionistas

O líder do governo Bolsonaro, Ricardo Barros, mobilizou médicos negacionistas e críticos à vacinação para monopolizar o debate sobre a Covid-19 em comissão da Câmara dos Deputados

Ricardo Barros em Brasília 27/03/2018 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)
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247 - A Audiência pública realizada pela comissão externa de acompanhamento da Covid-19, da Câmara dos Deputados foi monopolizada por médicos que são críticos à vacinação em massa e negam a gravidade da doença. 

Esses médicos foram mobilizados pelo líder do governo, Ricardo Barros, informa o Painel da Folha de S.Paulo.

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A audiência virtual da quarta-feira (28) reuniu defensores da hidroxicloroquina, como Nise Yamaguchi, Paolo Zanotto e Anthony Wong.

Jair Bolsonaro é defensor do tratamento de doentes em vez da imunização. O chefe do Executivo federal é crítico ferrenho da vacinação.  

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Nise Yamaguchi, que é imunologista, oncologista e diretora da Associação Brasileira de Mulheres Médicas, fez na reunião propaganda contra a vacina. Afirmou que a vacina pode não gerar imunidade contra a Covid. 

Sem apresentar comprovação científica, ela afirmou que pessoas que já foram contaminadas podem ter um retorno da infecção caso sejam vacinadas.

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Segundo Nise, está havendo aumento de casos de infartos, estupros, violência doméstica e câncer. “Tudo isso tem que ser contextualizado com doença que tem taxa de mortalidade inferior a 1%”, disse, referindo-se às mortes por Covid-19.

Por sua vez, Anthony Wong, que é diretor do centro de assistência toxicológica do Hospital das Clínicas, minimizou a doença e disse que estamos em meio a uma “pânicodemia”, informa a coluna, destacando que "demonizaram um vírus que era tão importante quanto o H1N1 ou uma bactéria”.

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Wong prevê, sem mostrar como chegou à conclusão, que se houver segunda onda de infectados no Brasil, esta ocorrerá em maio, em contradição com a opiião de gestores do SUS, no entanto, que se preparam para uma nova alta na virada do ano, após as festas de Natal.

Wong afirmou também que até maio haverá o verão e que, com as altas temperaturas, o vírus poderá ser controlado, uma vez que ele não sobrevive no sol.

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Outro negacionista, Paolo Zanotto, que é virologista e professor do departamento de Microbiologia da USP, dedicou parte de sua fala ao que ele chamou de “guerra cultural” em torno da doença e criticou o que considera censura por expressar suas opiniões a respeito da Covid-19. “Um pequeno vírus virou a justificativa para se modificar o cotidiano das pessoas de forma imposta”, afirmou. “Foram colocadas duas mordaças na cara das pessoas. Uma para que o vírus não passe [em alusão às máscaras] e outra no artigo 5º da Constituição”.

Os discursos dos especialistas foram acompanhados de intervenções de parlamentares negacionistas. 

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A deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) afirmou que ela e a família tomaram um vermífugo, o que teria lhe garantido melhor resposta contra a doença. "Existem alternativas mais seguras do que a vacina", disse.

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