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Brasil

Mais de um terço dos domicílios brasileiros não tem acesso à internet

Mais de um terço (39%) dos domicílios brasileiros ainda não tem nenhuma forma de acesso à internet; índice de residências sem acesso é ainda maior nas classes D e E: 70%; segundo a pesquisa TIC Domicílios 2017, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet (CGI.br), são cerca de 27 milhões de residências desconectadas no País

Mais de um terço dos domicílios brasileiros não tem acesso à internet (Foto: Marcos Santos / USP Imagens)
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Por Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil

Mais de um terço (39%) dos domicílios brasileiros ainda não tem nenhuma forma de acesso à internet. Segundo a pesquisa TIC Domicílios 2017, divulgada hoje (24) pelo Comitê Gestor da Internet (CGI.br), são cerca de 27 milhões de residências desconectadas, enquanto outras 42,1 milhões acessam a rede via banda larga ou dispositivos móveis.

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O índice de residências sem acesso é ainda maior nas classes D e E: 70%. Na classe A, 99% dos domicílios têm alguma forma de acesso, na classe B, 93% e na classe C, 69%.

Redes móveis

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Ao longo dos últimos quatro anos, o acesso à internet vem se expandindo especialmente através das redes móveis. No levantamento com dados de 2014, 43% dos domicílios não tinham nem computador, nem acesso à internet. Outros 43% tinham ambas tecnologias. Na pesquisa atual, com informações colhidas em 2017, o índice de residências sem computadores ou conexão caiu para 34%, enquanto o percentual das que têm ambos variou para 41%.

A principal diferença está em relação às residências que têm apenas internet, que subiu de 7% em 2014 para 19% em 2017. Na Região Norte, 51% dos domicílios com acesso à rede estão conectados com tecnologia móvel. No Sudeste, o percentual é de 24% e no Sul, 18%. Na classe A, o índice de acesso via tecnologia 3G ou 4G é de 8%. O percentual chega a 48% nas classes D e E.

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Preço e falta de conhecimento

O preço das conexões de banda larga é um dos fatores que leva parte dos usuários a acessarem a internet somente a partir das redes móveis. A experiência, no entanto, é limitada, como destacou o gerente do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br), Alexandre Barbosa.

“Quando nós estamos falando de criação de conteúdo, seja um texto, uma planilha ou outros conteúdos mais sofisticados, neste particular o dispositivo móvel tem muitas dificuldades. Esse crescimento exclusivo acontece em classes sociais menos favorecidas, isso cria a longo praz o uma dificuldade de habilidades digitais que são fundamentais”, analisou durante a apresentação dos dados.

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A falta de interesse e o não saber usar a rede também são pontos interrelacionados que, segundo Barbosa, merecem atenção. “Isso nos remete a uma problemática que o Brasil precisa enfrentar relativa a políticas públicas seja na área de inclusão digital de uma forma mais ampla, seja nas políticas educacionais para desenvolver essas habilidades digitais”, ressaltou.

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