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Manifestante detida por bater panela em Porto Alegre sai da prisão: "fui um boi de piranha"

Prisão de manifestante ocorreu no final da manhã deste sábado durante motociata de Bolsonaro. Ao ser liberada, Betina de Jesus disse "Eu fui um boi de piranha para servir de exemplo para outros não fazerem".

Mulher presa após protestar contra Bolsonaro (reprodução) (Foto: Mulher presa após protestar contra Bolsonaro (reprodução))
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247 - A manifestante detida na manhã deste sábado (10), durante a motociata de Bolsonaro em Porto Alegre, por fazer um panelaço contrário ao evento, foi liberada no final da tarde.  Ao ser liberada, Betina de Jesus disse "Eu fui um boi de piranha para servir de exemplo para outros não fazerem".

O vereador Matheus Gomes (PSOL), que acompanhou a libertação da manifestante, havia cobrado um posicionamento do governador e apontado conivência diante do silêncio – o que se comprovou após o posicionamento.

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Em conversa com a reportagem do Sul21 no final da tarde deste sábado, Betina de Jesus diz que o episódio da prisão ocorreu após um dos motoqueiros que participavam do evento parar na pista e ambos trocarem xingamentos. “Ele fez menção em descer da moto e eu sentei o pé na moto. Aí as brigadianas me algemaram e me levaram para o camburão”, conta. “Eu achei um tanto de exagero ser contida, mas a explicação da Brigada foi de que eles evitaram de que outros bolsonaristas parassem com a moto e me agredissem. Eles queriam que não gerasse tumulto aquela atitude”, complementa.

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“Eu não estava lá agredindo motoqueiros, nem chutando motos como o governador Eduardo Leite colocou no post dele. Eu estava batendo panela mesmo. A panela era minha e não tava lá agredindo ninguém. Eu estava gritando palavras de insatisfação, eles xingavam a gente e a gente xingava de volta. É normal numa manifestação as pessoas se xingarem, só que esse motoqueiro parou na minha frente, me desafiou e eu acabei reagindo. Claro que, num momento desses, a gente perde a razão, mas nada que fosse necessário me prender, me deter e me levar algemada. Eu tenho 1,54 m de altura, não ofereço perigo a ninguém”, diz Betina.

Betina diz que foi ao protesto para demonstrar sua indignação com as ações do presidente Bolsonaro. “Eu não sou nenhuma baderneira, sou trabalhadora. Eu fui para lá sozinha, com a minha panela, a minha colherzinha e a minha chave de casa, não levei nem documento de identificação. Eu estava lá batendo a minha panela indignada e comecei a me dar conta de que era gente de mais nível financeiro que estava naquela motociata e que tem uma realidade paralela no nosso País, onde pessoas acham que tá tudo bem e o povo tá aqui embaixo, sofrendo, sem saúde, com contaminação. Nós temos um presidente inconsequente, um cara que não usa máscara, não usa capacete nessas motociatas, um cara negacionista, tendencioso, mal-intencionado e que acha que o povo é abaixo dele, e não é assim”, diz.

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