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Maria Rita Kehl: fúria com perda de direitos deve aflorar a qualquer momento

Em entrevista à Rádio Brasil Atual, psicanalista diz que a presidente legítima Dilma Rousseff "foi vítima da própria base de apoio" e avaliou a passividade do brasileiro diante dos retrocessos do governo de Michel Temer; "Não sei se as pessoas estão passivas ou anestesiadas, a impressão que tenho na rua é que as pessoas estão furiosas com todas as perdas de direitos, com a crise econômica e as saídas impopulares do governo Temer. Mas estão um pouco sem opção por enquanto", destaca. "Durante um tempo as pessoas ficam paralisadas, mas espero que isso não dure muito"

Em entrevista à Rádio Brasil Atual, psicanalista diz que a presidente legítima Dilma Rousseff "foi vítima da própria base de apoio" e avaliou a passividade do brasileiro diante dos retrocessos do governo de Michel Temer; "Não sei se as pessoas estão passivas ou anestesiadas, a impressão que tenho na rua é que as pessoas estão furiosas com todas as perdas de direitos, com a crise econômica e as saídas impopulares do governo Temer. Mas estão um pouco sem opção por enquanto", destaca. "Durante um tempo as pessoas ficam paralisadas, mas espero que isso não dure muito" (Foto: Aquiles Lins)
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Rede Brasil Atual - Por que, mesmo diante de um cenário de desmonte de direitos, não há grandes mobilizações nas ruas? Em participação no Jornal Brasil Atual, na Rádio Brasil Atual, a psicanalista Maria Rita Kehl falou sobre o tema e também comentou as circunstâncias que levaram o país à atual situação.

Questionada pela jornalista Marilu Cabañas sobre a passividade da população perante diversas medidas do governo Temer, Kehl ponderou que talvez os brasileiros estejam "atônitos". "Não sei se as pessoas estão passivas ou anestesiadas, a impressão que tenho na rua é que as pessoas estão furiosas com todas as perdas de direitos, com a crise econômica e as saídas impopulares do governo Temer. Mas estão um pouco sem opção por enquanto", destaca. "Durante um tempo as pessoas ficam paralisadas, mas espero que isso não dure muito."

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A psicanalista ressalta o "cinismo das autoridades que estão no governo", afirmando que o presidente Michel Temer tem uma "cara de pau permanente", sempre com a expressão constrangida. Para ela, o PMDB foi um dos principais agentes do processo que levou ao atual cenário de crise política.

"Dilma estava sitiada pelo PMDB e não tem o jogo de cintura que o Lula tinha para negociar. Quem aceitou a aliança com o PMDB foi o Lula", lembra, recordando que um grupo de intelectuais paulistas chegou a cobrar o líder petista a respeito da aliança com os peemedebistas.

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"Ele (Lula) explicou, como um sindicalista negociador, que sem o PMDB até poderia se eleger, mas não governava, porque já tinham sitiado o Congresso. Entendeu que tinha que fazer a aliança, mas, com a grande habilidade que tem, conseguiu colocar o PMDB em suas mãos", descreve, anotando que a ex-presidente Dilma Rousseff "foi vítima da própria base de apoio". "O problema não foi o PSDB e os partidos mais à direita, foi o abandono do PMDB. Com o argumento da pedalada fiscal, Dilma, sem conseguir conchavar, caiu."

Para ela, parte dos motivos que mina a possibilidade de haver grandes mobilizações populares se relaciona à falta de informação. "As grandes manifestações de rua têm a ver com questões claras para o povo. Não sei se as pessoas que leem jornal correndo ou que nem têm tempo de ler e acompanham o noticiário pela televisão, que é sempre meio oficial, têm clareza do que elas perdem diretamente com as privatizações. Não sei se têm clareza da importância de se ceder uma área da Amazônia para ruralistas."

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A falta de lideranças é outro fator que corrobora o quadro de desmobilização, aponta Kehl, citando o cerco sofrido pelo ex-presidente. "Com Lula acuado, quem é o grande líder para levar gente pra rua?", questiona.

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