Marqueteiros de Alckmin não sabem se ele deve parecer agressivo ou não

247 - A campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) bate cabeça para encontrar algum tipo de ação eleitoralmente produtiva. A histórica capacidade de indecisão dos tucanos parece também dar as cartas no que diz respeito a estratégias de campanha: os marqueteiros de Alckmin não sabem se é melhor elevar o tom com Bolsonaro ou se ainda é o caso de manter a fleuma. Da última vez que Alckmin tentou ser agressivo (contra Lula, em 2006), o resultado foi a proeza de se conseguir menos votos no segundo turno do que o primeiro. 

A reportagem do jornal Folha de S. Paulo aponta a insegurança da equipe de Alckmin em decidir táticas de campanha: "a campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República ainda não bateu o martelo sobre que tom adotar contra seu principal adversário no campo da direita, o capitão reformado JairBolsonaro (PSL), na propaganda no rádio e na TV, a partir de 31 de agosto."

E deixa claro que a própria equipe de Alckmin sabe das limitações severas do candidato: "no entanto, a agressividade destoa do comportamento padrão de Alckmin, de perfil mais sereno. Além disso, vai na contramão do discurso de pacificador capaz de garantir o equilíbrio entre esquerda e direita que o ex-governador de São Paulo vem adotando."