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Mato Grosso do Sul registra dois episódios de violência contra indígenas em apenas três dias

Em Dourados, um conflito entre indígenas e seguranças de fazendeiros nesta sexta-feira (3) deixou três pessoas feridas a bala. Além disso, a Casa da Reza, local sagrado para os Guarani Kaiowá, foi incendiada e destruída na virada do ano em Rio Brilhante (vídeo)

(Foto: Guarani Kaiowá)
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Sputnik Brasil - O ano de 2020, em apenas três dias, registrou dois episódios de violência envolvendo comunidades indígenas no Mato Grosso do Sul, nos municípios de Dourados e Rio Brilhante. 

Em Dourados, que fica a 210 quilômetros de Campo Grande, um conflito entre indígenas e seguranças de fazendeiros nesta sexta-feira (3) deixou três pessoas feridas a bala. 

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Duas vítimas são índios, que foram levadas para atendimento pelo Samu, e a outra é um funcionário, que de acordo com os Bombeiros foi encaminhado para um hospital. 

A fazenda onde ocorreu o episódio fica nas proximidades do centro de Dourados. A área, considerada tensa, é alvo de disputa fundiária entre fazendeiros e indígenas. 

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Houve um incêndio na pastagem da propriedade, que foi parcialmente controlado pelos Bombeiros. De acordo com informações da mídia local, os indígenas, que reivindicam a posse da terra, teriam iniciado o fogo. 

Ataque contra local sagrado da etnia Guarani Kaiowá

Além disso, o Centro Indigenista Missionário (Cimi) denunciou que um local sagrado para a etnia Guarani Kaiowá, a Casa da Reza, na comunidade Laranjeira Nhanderu, em Rio Brilhante, a 160 quilômetros de Campo Grande, foi incendiada e destruída na virada do ano.  

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De acordo com a organização, no dia seguinte, 2 de dezembro, homens não identificados atacaram indígenas da comunidade a tiros e invadiram casas que estavam vazias após a fuga de seus moradores. 

"Estão dizendo que tem índio Guarani Kaiowá envolvido com a queima da Casa de Reza. É notícia falsa, denúncia errada. Ninguém sabe quem foi que colocou fogo. Vimos aqui foi capanga, que a gente chama de pistoleiro, não indígena. Isso machuca e revolta a gente porque vivemos todo dia o genocídio, a violência, o racismo e sempre procuram um jeito de dizer que isso é culpa da gente mesmo", disse uma liderança indígena não identificada, segundo publicado pelo site do Cimi. 

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De acordo com o Conselho, a comunidade Laranjeira Nhanderu foi retomada pelos indígenas em outubro de 2018 e pouco mais de 30 famílias indígenas vivem na comunidade.

Organizações denunciam escalada de violência

Segundo organizações de direitos humanos, os conflitos fundiários e os ataques contra indígenas vem aumentando no Brasil. Em dezembro do ano passado, o ministro da Justiça, Sergio Moro, autorizou o envio de tropas da Força Nacional para a região do Maranhão, onde dois índios da etnia Guajajara foram assassinados na BR-226.

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