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Brasil

Menicucci: não permitiremos um exaltador de tortura na presidência

Ex-ministra do governo Dilma, Eleonora Menicucci lembra com riqueza de detalhes dos tempos que sofreu tortura nos porões do DOI-CODI, a mando do coronel Brilhante Ustra, hoje exaltado como herói pelo candidato Jair Bolsonaro; em entrevista emocionante, ela fala do passado para alertar sobre o futuro: “corremos um sério risco de perdemos o Estado Democrático de Direito, não permitiremos um exaltador de tortura na presidência”; assista

Menicucci: não permitiremos um exaltador de tortura na presidência
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247 - Ex-ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres do governo Dilma Rousseff, Eleonora Menicucci lembrou nesta semana, na TV 247, as riquezas de detalhes dos tempos em que sofreu tortura nos porões do DOI-CODI, a mando do falecido coronel reformado do Exército, Carlos Alberto Brilhante Ustra, exaltado como grande herói pelo candidato Jair Bolsonaro.

Em entrevista emocionante concedida ao ex-ministro Aloizio Mercadante, Menicucci, que também é socióloga e feminista, fala do passado para alertar sobre o futuro: “corremos um sério risco de perdemos o Estado Democrático de Direito”.

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No início da entrevista, o passado da ex-ministra se entrelaça com outro personagem, que ela viu desfalecer na prisão. Menicucci foi presa e torturada na cela ao lado da que o jornalista Luiz Eduardo Merlino encontrava-se, sendo testemunha de seu assassinato, que ocorreu a mando de Brilhante Ustra, em julho de 1971.

Nesta semana, a Justiça de São Paulo derrubou uma decisão que havia condenado Ustra, morto em 2015, a pagar de uma indenização de R$ 100 mil à família do jornalista. Para os desembargadores, a ação está prescrita. "É uma Justiça que tolera a tortura e contribui para que o sistema continue", comentou a viúva, Ângela Mendes de Almeida.

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Menicucci explicou como funciona a tortura. "Fui conduzida, nua, para uma cadeira elétrica, onde colocaram fios em todos os meus orifícios, para que eu recebesse choques de altíssima voltagem. Ao meu lado, estava Merlino, no pau-de arara", relembra. 

Ustra ficava em frente à cela ordenando todas as torturas, conta. "Ele dizia: arrebenta mais, quero mais choques elétricos, faz urinar, desmaiar, urinar", relembra. 

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Depois de ter sido torturado por mais de 24 horas, o jornalista, segundo sua família, adquiriu uma gangrena que resultou na perda de sua perna e depois generalizada em todo seu corpo.

Relembrando o assassinato de seu colega, ela considera "grave" a decisão da Justiça em extinguir o processo que incrimina Ustra, afirmando que tal fato "prenuncia os momentos antidemocráticos que se avizinham".

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Com o triste relato do passado, a ex-ministra vê com temor a ascensão do fascismo no Brasil, representada pela candidatura de Bolsonaro, que tem Ustra como um “grande herói”. “Corremos risco de perdermos o Estado Democrático de Direito e elegermos uma pessoa que tem como ídolo um torturador”, expõe.

O exército ganha mais força

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Nesta quarta-feira (17) Michel Temer oficializou a criação da força-tarefa de inteligência para o enfrentamento ao crime organizado no Brasil.

O grupo será constituído pelo GSI, a ABIN (Agência Brasileira de Inteligência), os serviços de inteligência da Marinha, do Exército, da Aeronáutica, com o apoio da COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras do Ministério da Fazenda), Receita, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Segurança Pública; Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Segurança Pública.

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“O decreto de Temer explicita a implementação do neoliberalismo mais cruel no País, somado ao uso da repressão violenta, para colocar em prática o regime ultra-liberal de Bolsonaro", conclui Menicucci.

Inscreva-se na TV 247 e assista à entrevista:

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