Michelle se reúne com militares e aliados para tratar do escândalo das joias sauditas
Reuniões aconteceram na sede do PL, em Brasília
247 - A revelação do escândalo envolvendo joias avaliadas em R$ 16,5 milhões dadas pela monarquia saudita ao casal Bolsonaro, que tentou trazer os objetos ilegalmente para o Brasil, levou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro a passar a segunda-feira (6) em reuniões na sede do PL debatendo a crise junto a militares e aliados de Jair Bolsonaro.
Segundo a coluna da jornalista Malu Gaspar, de O Globo, “um dos que acompanhou Michelle no PL ao longo do dia foi o ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice de Bolsonaro, Walter Braga Netto, que dá expediente no partido com assessores também militares. À distância, o ex-chefe da Secretaria de Comunicação do governo Bolsonaro Fabio Wajngarten sugeria iniciativas visando divulgar a versão dos Bolsonaro sobre o caso”.
No encontro, Michelle, que até agora não se manifestou de oficial sobre o escândalo, foi aconselhada “a dar entrevista a um veículo de imprensa para marcar posição”. A ala política, contudo, se posicionou de forma contrária à possibilidade por avaliar que a crise está mais ligada a Bolsonaro do que a ela.
Ainda segundo a reportagem, uma outra ideia sugerida foi que Bolsonaro, que viajou para os Estados Unidos antes do término do mandato, realizasse uma live semelhante às que costumava fazer em momentos de crise, como no caso das meninas venezuelanas, após ele dizer que havia “pintado um clima” com as menores de idade”.
Apesar da intensa movimentação, a reportagem destaca que nenhuma posição concreta foi tomada durante a reunião.
