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Ministro da Educação tenta justificar atraso em apuração de fraude no Enade em instituição presbiteriana

O ministro Milton Ribeiro, que é pastor presbiteriano, acusou o ex-presidente do Inep Alexandre Lopes de ter se omitido no caso

(Foto: Divulgação)
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247 - O ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, admitiu que a decisão de protelar o envio à Polícia Federal de uma denúncia de fraude no Enade 2019 envolvendo uma instituição privada de ensino superior. Trata-se da Unifil, de Londrina (PR), que é presbiteriana, assim como o ministro, que é pastor.

O ministro, no entanto, acusou o ex-presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) Alexandre Lopes de ter se omitido no caso

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Milton Ribeiro também tentou justificar a atenção especial que deu ao assunto. Segundo ele, isso teria ocorrido por causa da repercussão do caso, mas tentou justificar dizendo que toda sua atuação foi anterior ao conhecimento público das denúncias.

De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, em maio, o ministro atuou nos bastidores a favor do centro universitário denunciado e protelou o envio do caso à esfera criminal.

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Investigação do Inep concluiu haver fortes indícios, sobretudo estatísticos, de fraude no exame do ensino superior após a coordenadora da graduação do curso de biomedicina ter tido acesso à prova e às respostas com antecedência. Segundo fontes da Folha, o ministro teria ameaçado demitir quem no Inep mandasse o caso à PF.

Um ofício só foi levado à PF em fevereiro deste ano, após o MEC ter encerrado a investigação de forma favorável à Unifil, ignorando evidências estatísticas da fraude.

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Após a publicação da reportagem, o caso foi levado ao Ministério Público Federal e a remessa, feita em maio, quatro meses após o fim do processo, era recomendada desde outubro do ano passado.

Em depoimento à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara nesta quarta (4) , o ministro justificou que as evidências estatísticas apuradas pelo Inep seriam insuficientes para que a polícia fosse avisada, mesmo contrariando recomendação dos órgãos técnicos.

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"Estatística é estatística, ninguém é condenado por estatística. Pode ser um indício. Achei que, se chegasse na Polícia Federal um indício de estatística, dizendo 'ó, todo mundo foi mal e só aqui foi bem', e não foi isso propriamente... Mas digamos, qual elemento fático que a PF teria para encaminhar o assunto? O que eu fiz, recolhi e mandei [uma comissão] in loco, constitui uma supervisão, para com os dados da supervisão aí sim encaminhar para a Polícia Federal. Achei que seria melhor até para a própria polícia", disse o ministro.

Outro fato que chama a atenção é que o ministro mandou o próprio secretário de Regulação do Ensino Superior do MEC para participar dessa supervisão em Londrina, o que não é usual. O ministro tratou do caso pessoalmente assim que assumiu o cargo, viajando por diversas vezes a Londrina no meio do processo.

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"O fato de eu ter mandado o secretário pra ele acompanhar mostra o meu interesse, sim, de acompanhar mais de perto essa situação, que eu fiquei muito constrangido de ter sido acusado de tentar beneficiar uma instituição que eventualmente está ligada à minha denominação [religiosa]", disse o ministro.

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