Miriam Leitão: Weintraub não perde uma oportunidade de errar
Para a jornalista Miriam Leitão, o ministro da Educação Abraham Weintraub, "não perde uma oportunidade de errar"; "Erra sistematicamente ao fazer da educação um campo de batalha e quando desperdiça uma ida à Câmara com uma apresentação em que fugiu do tema para repetir platitudes"
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247 - Para a jornalista Miriam Leitão, o ministro da Educação Abraham Weintraub, "não perde uma oportunidade de errar". "Erra sistematicamente ao fazer da educação um campo de batalha e quando desperdiça uma ida à Câmara com uma apresentação em que fugiu do tema para repetir platitudes", ressalta em sua coluna em O Globo.
"O ministro Weintraub poderia ter feito esforço com diálogo e explicações claras. Mas preferiu suas batalhas inúteis e histriônicas. Anunciou que puniria três universidades que faziam "balbúrdia". Determinou cortes lineares, em seguida, usou bombons para fazer um truque estatístico", avalia. "Ontem, ele fez o seguinte raciocínio: como o país atingiu a meta de professores com mestrado (75%) e de doutorado (35%), pode-se fazer um desvio de recursos", completa.
O governo federal financia o ensino superior. As creches e o fundamental são responsabilidade dos municípios. Os estados cuidam do ensino médio. Os casos à parte são os institutos federais, as escolas militares. Se ele quer mesmo levar mais recursos para o ensino básico deveria estar debruçado sobre o Fundeb, fundo que foi criado no governo Fernando Henrique e depois ampliado no governo Lula. O fundo é apenas em parte dinheiro federal, mas está com data marcada para acabar e o assunto passa batido", dispara Miriam Leitão. "Criar esse conflito entre despesas do ensino básico e universitário é falsificar o debate", ressalta.
"Falta explicar quais são as ideias dele, porque desde que assumiu o cargo nos faz perder tempo com suas diatribes contra filosofia e sociologia, com comparações primárias, com o tropeço que deu no nome do grande Franz Kafka, ou quando errou grosseiramente a ordem de grandeza do custo de uma avaliação, trocando R$ 500 milhões por R$ 500 mil", destaca.
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